O vegetarianismo vem se popularizando cada vez mais e, segundo dados do IBOPE, em 2018, 14% da população brasileira se identificava assim. Hoje, 4 anos depois, o número tende a ser bem maior, principalmente com o dilema ambiental que é vivido nos dias atuais. Exatamente, há 45 anos, 1 de outubro foi estabelecido como o dia mundial do vegetarianismo pela North American Vegeterian Society. O intuito da organização era compartilhar os benefícios do movimento e a compaixão pelos animais.
Por definição, o vegetariano é aquele indivíduo que possui uma dieta que exclui alimentos de origem animal. Nesse movimento, existem diversas modalidades: como os lacto-vegetarianos (consomem plantas e leite); os ovo-vegetarianos (se alimentam de ovos e plantas) e, até o estágio mais avançado do movimento, os veganos.
O veganismo se estabelece como um estilo de vida, no qual seus adeptos excluem tudo de origem animal do seu consumo. A escolha de se não consumir animais provoca um rompimento abrupto na vida do indivíduo, sofrendo com a hesitação na hora de consumir e com a rejeição da sociedade, como afirma Isabella Agulhó, influenciadora digital e vegetariana: “Já recebi uma vez, pelo Instagram, um vídeo de uma pessoa matando uma galinha, pelo simples fato de que eu comentei que era vegetariana”
Isabella ainda relata suas dificuldades na alimentação quando decidiu se tornar vegetariana: “Há seis anos, quando eu comecei, existiam opções (vegetarianas), mas eram para quem tinha dinheiro e eu não tinha .Nessa época as opções, onde eu moro, eram batata frita e só.”
Além disso, o olhar de parcela da sociedade para os veganos é preconceituoso, chegando ao ponto de desenvolver um estereótipo negativo a essa grupo. “Antes de aderir ao movimento, eu pensava que veganos eram pessoas fracas, anêmicas e infelizes” argumenta Vitor Simas, estudante de jornalismo e vegano.
Vitor ainda afirma que o vegetarianismo; veganismo é um movimento político e suas lutas correspondem com as causas ambientais do planeta: “Lembro de uma matéria no IBGE que dizia que, no Brasil, existia mais de 5 bilhões de bois! Para isso, se desmata mais floresta para a produção de soja e milho, que vão servir para a composição de ração para os bois. Enquanto isso, 1 milhão de pessoas no Brasil passam fome, mas, ao mesmo tempo, conseguimos alimentar 5 bilhões de bois.”
Com a popularização cada vez maior do movimento vegetariano, percebemos que sua ideologia vai além de uma alimentação mais saudável, e invade a luta pela preservação ambiental. Talvez por isso, a cada novo 1 de outubro, o vegetarianismo se torna mais importante.