Ao voltar às redes sociais, no dia 21/03 (terça-feira), Trump utilizou a “Truth", plataforma de mídia social criada pelo Trump Media & Technology Group, e pediu para que seus apoiadores fossem às ruas contra as ameaças vindas da atriz pornô Stormy Daniels. O ex-presidente foi banido das mídias tradicionais após envolvimento no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Linha do Tempo
As acusações indicam a compra do silêncio da atriz , sobre ter tido uma noite com Trump, e o mesmo não ter declarado financeiramente. O pagamento teria sido feito pelo seu advogado Michael Cohen em 2016 (antes de ganhar as eleições) em um valor estimado em US $130 mil (aproximadamente R$671 mil reais). Implicando em um falso testemunho por declarações falsas de pagamento (delito menor) ou por financiamento das campanhas (delito penal).
O advogado já foi condenado à prisão e afirmou que pagou a pedido do então candidato na época. Já o ex-presidente nega todas as acusações e diz que a investigação tem viés político. Se ele for realmente indiciado, será a primeira vez na história dos Estados Unidos que um ex-presidente poderá ser preso.
O que acontece se ele for culpado?
Após a promotoria de Nova York ouvir as testemunhas, Trump se recusou a se defender e o processo está sendo analisado na busca de evidências suficientes para prosseguir a acusação. O promotor Alvin Bragg virou alvo de comunidades de extrema direita apoiadoras do republicano. As principais críticas o descrevem como ativista progressista e associado a George Soros - filantropo húngaro que encabeçou projetos progressistas e um dos inimigos dos supremacistas brancos. Caso o processo prossiga, Donald Trump será obrigado a se apresentar à justiça ou a mesma mandará prendê-lo.
A não adesão de seus apoiadores
Ali Alexander, uma das lideranças da extrema direita americana e um dos organizadores do ataque ao Capitólio, anunciou que não iria ao protesto, assim como outros diversos importantes apoiadores do ex-presidente.
Ao incentivar possíveis manifestações, cidades se preparam para um cenário de caos e violência. Porém, seus apoiadores não foram às ruas como Trump pediu.
O motivo principal desse cenário é uma teoria da conspiração que ronda os trumpistas. Segundo eles, progressistas estariam infiltrando protestos de extrema direita e os deixando mais violentos. Esse argumento começou com o ataque ao Capitólio onde uma grande violência foi televisionada e os apoiadores começaram a afirmar que essas violências viriam de pessoas que seriam contra o ex-presidente, com intuito de manchar e deslegitimar o que eles estavam reivindicando. Tudo isso seria comprovado por documentos secretos que mostrariam que informantes do FBI estariam presente no acontecimento de janeiro de 2021.
Um jogo político?
O republicano quer se tornar candidato nas eleições presidenciais de 2024, ou seja, as acusações são um teste para sua popularidade. Até agora, nenhum processo impede ele de concorrer à presidência. Há também, quem acredita que, se Trump voltar ao poder, poderá criar mais caos à imagem estadunidense. Já outros acham que tudo isso não passa de uma “perseguição política".