Transatlântico Oceania: Itália

Vivendo anos de reformulação, as italianas chegam mais preparadas para sua segunda Copa seguida, algo inédito para elas.
por
Thomaz Cintra
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11/07/2023 - 12h

A Itália é um país localizado na Europa Ocidental e que possui pouco mais de 60 milhões de habitantes, fazendo com que seja a 5º nação mais populosa do continente. Tratando-se da economia, o norte do país é a região mais desenvolvida e industrializada de toda a Itália na qual há o domínio de empresas privadas, e é também onde está a capital, Milão, centro econômico da nação. Em contrapartida, o sul é menos desenvolvido e sua dependência financeira está majoritariamente concentrada na agricultura e em subsídios públicos. O alto número de desempregos também é uma característica marcante da região.

Até a Segunda Guerra Mundial, o país era predominantemente agrícola, mas, após a guerra, a Itália passou por grandes mudanças e acabou se tornando uma nação primariamente industrial. Em relação à cultura italiana, a culinária é um dos pontos mais conhecidos mundialmente, muito por conta das massas e da pizza, além do vinho, que é bastante tradicional na região. Na música, os italianos são sempre lembrados por conta da Ópera, que surgiu em meados do século XVI, e fora isso, os monumentos como o Coliseu e a Torre de Pisa também são mundialmente conhecidos.

A Itália nas Copas

Sem contar a participação deste ano, a seleção italiana acumula três participações, a primeira delas, na primeira edição das Copas do Mundo Feminina em 1991, quando avançou até as quartas e caiu para a Noruega. Quatro anos depois, as italianas não conseguiram repetir o feito e acabaram nem se classificando para a competição, mas quando se classificaram novamente em 1999, foram eliminadas na fase de grupos. Depois disso foram 20 anos sem ao menos participar do torneio, e em 2019, já com uma nova treinadora visando uma reformulação na equipe toda, a seleção voltou a disputar uma Copa, e sendo despachada novamente nas quartas de finais.

Seleção italiana contra a Austrália em 2019
Jogadoras da Itália na Copa de 2019 (Phil Noble / Reuters)

Classificação sem sustos

Nas eliminatórias da Copa, a Itália se classificou como líder de seu grupo, que tinha outras cinco seleções, e terminou os 10 jogos somando 9 vitórias e 40 gols marcados, além de apenas 2 sofridos. A artilheira da equipe nessas partidas foi Cristina Girelli, que também já havia sido destaque na Copa de 2019, quando marcou 3 gols na competição e foi artilheira da Itália. 

Destaques da Squadra Azzurra

            Os destaques da seleção italiana se concentram muito no setor ofensivo do campo, a principal jogadora do plantel neste ano, é a mesma do último torneio, Cristina Girelli é atacante da Juventus e agora chega com mais experiência para essa competição por já ter uma Copa jogada em seu currículo. Mas ela não brilha somente com o uniforme azul, pelo clube ela foi vice-artilheira da liga nacional, marcando 15 gols em 23 partidas.

Girelli comemora gol contra Jamaica na Copa da França
Girelli comemora gol contra Jamaica na Copa da França (EFE)

             Outra atacante que merece a menção como destaque é Valentina Giacinti, principal jogadora de sua equipe, Roma, ela ficou em 2º lugar na artilharia da Champions League e em 3º da Serie A. Além de ter feito 7 gols em 8 jogos pela própria seleção italiana nas eliminatórias. É válido lembrar também de sua companheira de equipe, a meio-campista Manuela Giugliano, as duas jogadoras formam uma boa dupla no clube, e na Liga dos Campeões por exemplo, ela marcou 3 gols e distribuiu 4 assistências.

          Recuando um pouco as posições, outra jogadora de confiança da treinadora Bertolini, é a goleira Laura Giuliani, atleta do Milan, que já foi titular na última Copa do Mundo e é uma das principais responsáveis pela sólida defesa italiana nas eliminatórias. Os quatro destaques apontados, representam três times, Juventus, Roma e Milan, justamente o pódio da liga nacional, e é interessante perceber que a base da seleção é composta por jogadoras dessas equipe.

               Na prancheta de Bertolini

              A treinadora, que chegou no cargo em 2017 após boa passagem no Brescia, conseguiu levar novamente a Azzurra a uma Copa após 20 anos. Milena Bertolini gosta de escalar o time de várias formas diferentes e muda bastante o esquema conforme o adversário, mas suas formações preferidas, as mais utilizadas nas últimas partidas que antecederam a competição, são 4-3-3 e 4-2-2.

Milena Bertolini
Milena Bertolini, treinadora da seleção italiana (Cesare Purini / Insidefoto)

            Ainda que mude bastante o esquema tático, a equipe de Milena mantém um certo padrão nas armações das jogadas ofensivas. Seu time ataca bastante pelas as pontas do campo, usando suas laterais para pressionar e afundar as adversárias no seu campo de defesa, praticamente dentro da grande área. Quando avançam ao ataque, as jogadoras das alas correm justamente para encurtar o espaço da outra equipe dominando bem o último terço do campo.