A Dinamarca é um país nórdico localizado na Europa Ocidental, faz fronteira com o norte da Alemanha e é delimitada pelo Mar do Norte. Tendo a maior parte do seu território na Península Jutlândia, o país tem posse do Arquipélago Dinamarquês, uma série de pequenas ilhas, com destaque para as três principais Fiónia, Zelândia - onde fica a capital Copenhage - e Lolland-Falster que dividem o Mar Báltico do Mar Kattegat, e faz fronteira com a Suécia.
O país escandinavo tem como língua nacional o dinamarquês, que é uma linguagem própria com proximidade do sueco e norueguês, por influência cultural. Possui cerca de 5,8 milhões de habitantes, segundo dados do Banco Mundial. A maior concentração é na capital, com um milhão de habitantes, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores do país.
Ter sido o berço dos populares vikings influencia diretamente a política e economia da Dinamarca, pelo histórico de dominação, colonização e negociação no território Europeu. Sendo mais ativo nas ilhas britânicas e Europa Ocidental, o país já controlou a Suécia, Noruega, Inglaterra e partes da costa báltica alemã, da qual controla a saída e entrada até hoje, através dos conhecidos “Estreitos Dinamarqueses” - que atravessam as ilhas Fiónia e Zelândia.
Apesar de ter um forte histórico de guerras, a Dinamarca abriu mão dos conflitos quando perdeu o ducado de Schleswig para a Prússia, na segunda guerra de Schleswig, em 1864. Após a derrota, o país assumiu uma política de neutralidade, permanecendo sem lados durante a Primeira Guerra Mundial e sendo invadido pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra.
Como efeito da libertação do território no fim da Segunda Guerra, o país promoveu uma mudança constitucional, em 1953, com a adesão de um parlamento de câmara única à monarquia constitucional já instaurada em 1849.
Além disso, se tornou um dos fundadores da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e das Nações Unidas, e uniu a Groenlândia ao Estado.
Hoje conhecida por fazer parte da cultura progressista marcante, comum de países escandinavos, mantendo o lema "Uma vez fomos vikings brutais, agora somos uma das sociedades mais pacíficas do mundo", a Dinamarca foi a primeira a legalizar o casamento igualitário, em 1989.
O esporte mais popular é o futebol, com vela e outros desportos aquáticos também muito comuns. É um dos pioneiros a participar de torneios mundiais de futebol feminino, ganhando do México de 3 a 0 em uma competição não oficial da Copa do Mundo, em 1971.
De volta aos campos
Após 16 anos fora dos campos de uma Copa do Mundo, a Dinamarca volta à competição com grandes expectativas pela ascensão do time. A seleção jogou quatro das oito edições de Copa do Mundo, chegando às quartas de final nos anos de 1991 e 1995, e não se classificando nos anos de 2003, 2011, 2015 e 2019.
Entretanto, a nova configuração do time, com jogadoras que participaram das categorias de base e colecionam vitórias, conseguiu manter o histórico da seleção de estar sempre entre as 20 melhores seleções do Ranking Mundial da FIFA. A Dinamarca já esteve em 6º lugar no Ranking Feminino Mundial, em 2007.
Mesmo sem ter um desempenho acima da média na Eurocopa de 2022, quando parou ainda na fase de grupos, a Dinamarca vem em uma crescente de rendimento. Na última atualização do ranking da FIFA, em junho de 2023, a seleção dinamarquesa subiu duas posições em relação ao ano anterior e ocupa o posto de 13° melhor seleção do mundo.
Integrante do grupo D, a seleção escandinava terá confrontos contra China, Inglaterra e Haiti.
Professor Lars Sondergaard
Com cinco anos e meio no comando da equipe, Lars Sondergaard conquistou a vaga da seleção para a Copa do Mundo e irá se aposentar após o final do Mundial.
O treinador tem um longo histórico na AaB (A Associação Aalborg Boldspilklub), clube de futebol dinamarquês, com sede em Aalborg, o primeiro do país a participar da Liga dos Campeões, em 1995.
O esquema 3-4-3 que não levou a Dinamarca para a fase eliminatória da Eurocopa, se tornou um 4-3-3 que classificou as jogadoras para a Copa Mundial.
Com quatro jogos vencidos consecutivamente, sem levar gols em três deles, Sondergaard escolheu montar um time com mais defensoras e com uma linha de ataque com três jogadoras no momento em que a equipe tem a posse de bola.
As Estrelas
Se existe uma grande expectativa na seleção dinamarquesa, é o desempenho de Pernille Harder. Com 30 anos, nascida na cidade dinamarquesa de Ikast, é a capitã da seleção e joga como atacante ou meio-atacante do Chelsea. Durante sua carreira, jogou na copa inaugural sub-17, em 2008, em que chegou nas quartas de final. Mais recentemente, ganhou o prêmio de Jogadora do Ano UEFA em 2018 e 2020.
A atacante dinamarquesa tem bons passes e é conhecida pela criação e conversão de chances em gol. Em quatro jogos da Copa do Mundo de 2019, marcou 2 gols.
A pupila da Dinamarca é Kathrine Moller Kuhl, meio-campista do Arsenal. Com apenas 19 anos, é o segundo destaque da seleção, tendo nos passes em profundidade uma característica marcante, além de bom domínio e controle da bola. Moller foi responsável pelo gol da vitória no penúltimo jogo amistoso contra a Suécia.
Na despedida de seu técnico, a seleção dinamarquesa espera superar a última participação em mundiais, em 2007, quando caiu para o Brasil nas quartas de final. O desafio da Dinamarca será enfrentar a atual campeã da Europa, a Inglaterra, grande favorita do grupo.
Imagem de capa: Seleção Feminina da Dinamarca / Reprodução Trivela