No centro-sul do continente latino-americano, entre a Cordilheira dos Andes, o Pantanal e a Floresta Amazônica, há um país conhecido por suas paisagens exuberantes, pelas noites de Tango, muita riqueza cultural, uma culinária saborosa e, por último, mas não menos importante, o futebol.
A Argentina, tradicional rival do Brasil, é uma das nações que estarão em busca do título na Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023, na Austrália e Nova Zelândia.
Entre mar e montanha
Nossos vizinhos têm o Espanhol como língua oficial, Buenos Aires como capital e 45 milhões de habitantes. O país oferece uma variedade de paisagens naturais, como montanhas (Cordilheira dos Andes), campos e praias que, através do turismo, movimentam anualmente 10% de seu Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com informações da Organização Mundial do Turismo/ONU sobre 2021.
A Adidas, patrocinadora da Seleção Argentina Feminina de Futebol em 2023, elaborou uma das camisetas oficiais do time com inspiração nos cenários naturais do país.
Uma palhinha
O país sulamericano conta com grandes nomes em sua literatura como Júlio Cortázar (1914 - 1884), nascido na Bélgica, mas naturalizado Argentino e Quino (1932 - 2020), imortalizado pela criação da sagaz Mafalda – protagonista de tirinhas em diversos livros didáticos no Brasil, inclusive.
Na música e dança, o ritmo Tango é mundialmente associado à Argentina. Seu surgimento ocorreu no final do século XIX, nos subúrbios de Buenos Aires, e é resultado da mistura entre criações dos imigrantes italianos, espanhóis e filhos de pessoas escravizadas. O ritmo inclui em sua dança movimentos sensuais, ágeis e envolventes.
Pioneiras em quadra
A Argentina foi o primeiro país da América do Sul a ter uma seleção feminina de futebol, formada em 1971. Seu histórico conta com uma vitória no Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), em 2007, uma medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos, em 2014, porém, nenhuma Copa do Mundo feminina.
Esquadrão Albiceleste
O técnico Germán Portanova, de 49 anos, comanda a seleção desde 2021. Entre os 25 jogos que já disputou como técnico, ganhou em 11, empatou e foi derrotado em 7. A seleção de Portanova gosta de jogar com a posse de bola, trocando passes e empurrando o adversário para o campo de defesa.
Em 2023, o técnico Albiceleste variou entre os esquemas 4-3-3, 4-2-3-1 e 4-4-2. A aposta do treinador é em um meio-campo que controle o ritmo de jogo, favorecendo a habilidade das jogadoras da linha ofensiva Argentina.
Confira a lista de convocação, disponibilizada no Instagram @elfemenino:
Um dos destaques da seleção é a meio-campista Estefânia Benini, de 32 anos, vencedora do prêmio FIFA Woman Best 11 e jogadora Atlético de Madrid. Natural da cidade de Mendoza, é comparada por fãs a ninguém menos que Lionel Messi. A própria jogadora já declarou que prefere evitar as comparações.
Outras atletas para ficar de olho é Yamila Rodriguez, do Palmeiras, e Florência Bonsegundo. Yami, apelido que gosta de ser chamada, tem 24 anos e é atacante. Já disputou grandes campeonatos como a Copa América e conquistou boas marcas: 6 gols em 6 jogos. Já Flor Bonsegundo é meio-campista do Madrid CFF, e é conhecida por sua velocidade e por ser voluntariosa com as colegas de time.
A Seleção de Futebol Feminino da Argentina vem crescendo em tática e qualidade técnica. No entanto, o time atual ainda carece em experiência, o que torna o país uma difícil aposta para levar o título para casa. No grupo G com África do Sul, Itália e Suécia, as sul-americana vão precisar suar para surpreender.