Thiago Carpini no São Paulo: Fica ou Sai?

Entre o apoio dos jogadores e a pressão da torcida, Carpini permanece no cargo
por
João Bueno de Castro
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01/04/2024 - 12h

Após uma sequência de maus resultados e uma eliminação precoce para o Novorizontino, nas quartas de final do paulistão, a situação do treinador Thiago Carpini, do São Paulo, é turbulenta. Seu relacionamento com os torcedores vem se desgastando muito nessas últimas semanas, o que resultou em gritos de "burro", "estagiário" e muitas críticas na última partida de domingo. Sem dúvidas, para boa parte da torcida seu trabalho já pode ser considerado um fracasso, e muitos pedem sua demissão. Porém, ao mesmo tempo em que a torcida pede sua saída, a diretoria e os jogadores considerados líderes do elenco querem sua permanência no cargo. 

 

Em entrevista pós-jogo, o jogador Lucas Moura, um dos ídolos tricolores e líder desse elenco, expressou seu desejo de que Carpini permanecesse, elogiou-o e ainda destacou ser estranho falar em demissão de um técnico com apenas 2 meses de trabalho. Outras figuras como Luciano, Rafinha e Calleri, também são a favor de sua continuidade. Em uma coletiva, o treinador afirmou sentir total respaldo da diretoria e dos jogadores, demonstrando confiança no desenvolvimento de suas ideias.

 

    Das críticas feitas a ele, uma delas é a de não fazer todas as substituições possíveis em algumas partidas, alguns exemplos são os jogos contra Portuguesa e Santo André, que resultaram nas lesões do lateral Igor Vinícius, e a do meia Lucas, além outros jogadores que por conta da alta minutagem tiveram problemas musculares em treinos e desfalcaram a equipe. Contudo, não é apenas o problema das lesões que gera críticas pelas substituições, no jogo contra o Novorizontino o jogador Giuliano Galoppo, o melhor cobrador de pênaltis do São Paulo, foi deixado no banco durante toda a partida, mesmo com o técnico ainda tendo uma substituição disponível.

 

    Mesmo com várias cobranças ao seu trabalho, o técnico deve permanecer no time e aproveitar essa intertemporada de cerca de três semanas de treinos com o elenco, visando a estreia na Libertadores com calma. A diretoria acredita em seu trabalho e não vê como opção a demissão do técnico recém-chegado. Sua conquista da Supercopa Rei do Brasil e a quebra do tabu conquistado na Neo Química Arena servem como respaldo, porém, a paciência está se esgotando. Portanto, o técnico precisa conquistar bons resultados, principalmente na Libertadores. Se isso não acontecer, seu cargo estará em risco, ainda mais com boatos circulando nos bastidores de que Luiz Felipe Scolari poderia ser o nome ideal para a disputa da Libertadores com este time do São Paulo.