Por Paula Moraes Silva de Araújo
A tecnologia BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem de Informação da Construção), veio para o mercado de engenharia e arquitetura como meio de ajudar o trabalhador a solucionar problemas recorrentes dos projetos. A primeira versão da tecnologia surgiu em 1974, e foi desenvolvido por Charles Eastman. Já a tecnologia que é usada atualmente foi aprimorada em 1992, pelos professores G.A. van Nederveen e F. Tolman. A proposta da tecnologia é criar simulações digitais de obras, e dessa forma coordenando todos os passos do projeto, desde a construção até os custos gerados durante e depois de pronto.
A tecnologia passou a ser de uso obrigatório nos escritórios de arquitetura do Reino Unido em 2011, e no Brasil foi decretado em 2018 pelo presidente da República Jair Bolsonaro que o uso da tecnologia seria obrigatório a partir de 2021 apenas para as áreas de hidráulica, AVAC e elétrica, em 2024 para as etapas de planejamento e execução de todas as obras, e por fim em 2028 o BIM deve ser usado para determinar os custos do projeto no seu pós-obra.
A principal diferença do sistema BIM com o Autocad, que era o mais usado, é que o BIM permite que o arquiteto incorpore até 5 dimensões na hora de desenvolver o projeto. O BIM também permite que o arquiteto calcule todos os custos da obra com mais precisão, desde a demolição do espaço até os custos do desing do ambiente. Ao conversar com o arquiteto Mauricio Araujo, do escritório de arquitetura Estúdio M, ele relata que não acho o sistema fácil de usar inicialmente. “Ele exige um treinamento mais complexo do que o Autocad, pois ele tem uma premissa diferente para os projetos, além dos equipamentos mais potentes e uma boa biblioteca de objetos parametrizados.”
Para Araujo a tecnologia é mais devagar na hora de montar o projeto, mas você tem um ganho de produtividade na hora de modificações, revisões de projeto, interferências entre as diversas disciplinas, produzindo um ganho na execução da obra e não gerando atrasos no cronograma e nem eventuais perdas
Araujo também diz que está é a tecnologia que veio para ficar “No presente e no futuro próximo essa é a tecnologia que vai ser usada. Ela vem se espalhando entre os diversos portes de escritórios, como as construtoras, grandes médias e de e pequenos portes, e nas áreas publicas. E esse é um processo irreversível, por que ele permite um controle total do empreendimento.”