O candidato Tarcísio de Freitas, do Republicanos, iniciou nesta reta final de campanha uma estratégia para evitar os erros de seus eleitores nas urnas. A razão disso se dá pelo fato de que, no primeiro turno, mais de 521 mil votos para governador foram para o número 22, do PL, partido de Jair Bolsonaro. Como Tarcísio está no Republicanos, o seu número para disputa é o 10.
Com isso, todos esses mais de 500 mil votos foram considerados nulos, já que digitar na urna um número que não corresponde a nenhum candidato, anula o voto, tal qual votar em branco. Todos acabam sendo desconsiderados para a decisão final, já que para ser eleito, é necessário ter maioria dos votos válidos.
A campanha agora corre para que o número passe a ser mais conhecido pelo público e tenta reforçar a diferença entre Bolsonaro, que também está no segundo turno, e Tarcísio. Nos palanques a informação com os números já aparecem com maior destaque.
Além disso, a equipe de Tarcísio irá focar em campanhas de distribuição de adesivos, flyers e panfletos que tenham muito claramente a diferença do 22 para o 10, já que a maior parte do eleitorado do candidato ao governo de São Paulo deve votar em Bolsonaro, devido ao apoio por parte do atual Presidente da República ao seu ex-ministro da Infraestrutura.
No primeiro turno, o candidato do Republicanos teve 9,88 milhões de votos no primeiro turno e com isso teve 42,32% dos votos válidos. Enquanto isso, Fernando Haddad do PT teve 8,33 milhões de votos, com 35,70%.
De qualquer forma, mesmo com todos os votos do 22, Tarcísio não venceria no primeiro turno. Mas, para o segundo, contará com o apoio de Rodrigo Garcia, do PSDB, que teve 18,40% dos votos válidos.
Agora, a campanha além de esclarecer melhor esse eleitorado em dúvida acerca do número, foca a sua reta final de campanha na capital e grande São Paulo, onde perderam para Haddad. Além disso, cancelaram a participação em debates, após o desempenho considerado ruim diante do petista no primeiro embate do segundo turno.