"Solidão a dois dói mais que solidão sozinha", foi a constatação para que Maria Luiza Póvoas Santos Rocha (24) terminasse seu casamento com Fábio Augusto da Silva (30), mesmo grávida de sete meses. “Passei por alguns momentos bem difíceis por causa da separação, que apesar de necessária, foi dolorosa”, conta Póvoas.
A situação pandêmica fez com que Rocha voltasse o olhar para muitas coisas que antes estavam sendo negligenciadas. “Com o início da pandemia comecei a olhar mais pra mim, dar ênfase aos meus projetos ao invés de estar vivendo o projeto de vida de outra pessoa”, relembra. Ela conta que a partir dessa mudança de comportamento, seu casamento começou a ser afetado, já que o então marido se deu conta da necessidade de assumir uma responsabilidade que até então não tomava para si. “Ele começou a ter que realmente viver a paternidade para que eu pudesse parar de ser só mãe para ser empresária, amiga, mulher. Coisas que tinha deixado de lado”.
Com o fim do casamento e distanciamento físico de um pai já ausente sentimentalmente, ela encara a maternidade com muita presença e afeto, e também, com muita responsabilidade unilateral. “Sou mãe, inevitavelmente a carga maior ficou nas minhas costas, e aquela responsabilidade com a paternidade que se tornou mais necessária para ele no momento de isolamento, se dissolveu com a nossa separação”.
Por outro lado, Nathalia de Almeida Santana (23), que namora há três anos com Fátima Ferreira Lima (24), diz que o fim de muitos casais durante a pandemia está ligado a percepção de que estar na presença do outro por tanto tempo sem muito o que fazer é desesperador, e só comprova que dedicação é essencial.
A maneira que o casal se relaciona sexualmente também está atrelada a dedicação, já que sempre existe algo a ser descoberto sobre o outro. Assim como, experimentado com o outro. “Compramos mais brinquedos e apetrechos sexuais para ajudar a inovar e criar novas sensações”, conta Santana, que assegura ainda que “Todo esforço é válido nesse momento para manter a chama acesa”.