A semana que antecedeu o ato do Bicentenário da Independência, utilizado pela campanha de Bolsonaro como manobra de marketing e de engajamento do eleitorado, assim como demonstração de mobilização de forças, foi marcada pelo novo escândalo imobiliário da família do presidente.
Como explicita a reportagem publicada pelo UOL, a família do candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) comprou, nos últimos 32 anos, 107 imóveis - dos quais 51 foram total ou parcialmente adquiridos em dinheiro vivo. Ao todo, foram investidos R$13,5 milhões em espécie.
Como resposta, Bolsonaro acabou alterando seu discurso em relação a compras de imóveis feita com dinheiro vivo e relativizou afirmando que vários destes haviam sido comprados pelo seu ex-cunhado (nome associado a apenas 8 das referidas compras).
O atual presidente da República também concedeu à rede Jovem Pan uma entrevista exclusiva na qual afirmou ter visitado as obras da ponte nas fronteira do Paraguai. Segundo o mandatário há a possibilidade dos dois países utilizarem em conjunto o Lago de Itaipu para a piscicultura.
Na entrevista, Bolsonaro também foi questionado quanto ao último levantamento das pesquisas feito pelo Paraná Pesquisas, a qual apresenta um empate técnico entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (respectivamente com 37,1% e 41,3%), e responde que o público apresenta uma “aceitação excepcional ao nosso mandato”. O presidente atribui essa aceitação com as diminuições no preço dos combustíveis e ao índice de desemprego: “só tem notícia boa”.
Embora o Brasil tenha voltado ao mapa da fome e venha passando por momentos de insegurança democrática com os recentes ataques e condutas golpistas do atual presidente, Bolsonaro afirma que “você tem que comparar o Brasil com o mundo; o Brasil tá muito melhor do que qualquer outro país do mundo”.
Menciona também a mentira sobre a criação do Pix - na qual alega ter criado esse meio de pagamento - e o como essa medida afetou o setor bancário, que já afirmou não ter sido abalado por ela.
Nesta segunda-feira (29), repercutiu a fala de Jair Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães durante o debate da Band. O candidato do Partido Liberal (PL) alegou que a repórter era a “vergonha do jornalismo” por abordar as questões polêmicas das vacinas contra COVID-19 - esnobadas pelo presidente atual.
Seguindo o seu dia no Palácio do Planalto, Bolsonaro convidou defensores da educação do homeschooling - educação domiciliar. Logo, encontrou oito embaixadores.
Já na terça-feira (30), amedrontados com a grande rejeição de Bolsonaro, seguranças do candidato temem envenenamento por sanduíches em debates. Em Brasília, um grupo bolsonarista banca outdoors em prol de ato golpista na próxima semana - 7 de Setembro.
Nesta quarta-feira (31), atacado no último debate pelo candidato do PL, o presidente do Chile - Gabriel Boric - insinuou como a América Latina deve se unir perante um suposto golpe na próxima quarta-feira do Bolsonarismo.
Na quinta-feira (1), o último resultado da pesquisa DataFolha saiu. Lula perdeu a soberania do primeiro turno, logo abrindo um caminho para Bolsonaro participar do segundo. Porém, Bolsonaro lidera como o candidato com a maior rejeição do eleitorado.
Já na sexta-feira (2) , Bolsonaro reagiu à tentativa de homicídio do Fernando Andrés Sabag Montiel, 35, contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Com um tom de obrigação, mencionou que já mandou uma notinha e que lamenta o ocorrido. O candidato do PL relembrou a facada de 2018 e constatou como o agressor não sabia mexer com a arma.