A campanha de reeleição do atual presidente Jair Messias Bolsonaro realizou movimentos que visaram minimizar os efeitos gerados pela “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!” no Brasil nos últimos dias. O candidato do Partido Liberal (PL) ainda recusou participar de encontros com empresários no próximo dia 11 - no qual a carta será lida - além de um jantar na Fiesp no mesmo dia.
Os esforços também foram direcionados ao bicentenário da independência, o qual está sendo usado por Bolsonaro para engajar seu eleitorado, o que consequentemente aumenta os rumores de autogolpe. Na segunda-feira, inclusive, convidou chefes de estado estrangeiros e lusófonos a comparecer ao ato.
Já na terça-feira, o atual presidente indicou Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues - juízes federais de segunda instância - para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ação que representa uma derrota do Ministro Gilmar Mendes. Na quarta-feira (3), Bolsonaro afirmou ser alvo de inquéritos os quais poderiam prender não só a ele, como aos seus filhos também. Em seguida, confirmou a sua presença no desfile do Comando Militar do Leste e do Ministério da Defesa no Rio de Janeiro, e, no dia seguinte, além de sancionar o piso salarial dos enfermeiros, técnicos, parteiros e auxiliares de enfermagem - a dois meses das eleições - exclamou que está sofrendo chantagem por indicações de ministros do STF e STJ.
Nesta sexta- feira (5), Jair Bolsonaro lamentou a morte do apresentador Jô Soares, mesmo notificando as suas divergências ideológicas; o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) de arquivar os inquéritos que perpetuam uma intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal, e, por fim, o presidente confirmou a entrevista para o Jornal Nacional que será realizada no dia 22/08 (segunda-feira).