"Se o seu amor sobreviveu à Covid-19, você não se separa nunca mais" diz casal em relação ao futuro.

Casais falam sobre o desafio de manter o afeto e a aproximação diante do isolamento social, e como se sentem propensos a se relacionar.
por
Luciana Meira Zerati
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10/05/2021 - 12h

Já fazia mais de um mês de papo vai, papo vem e a estudante Ayla Fernandes Vasconcellos, 23, ainda estava na dúvida se era uma boa ideia encontrar com o engenheiro José Oliveira, 26.  A combinação de sentimentos havia levado os dois ao mesmo lugar: um aplicativo de relacionamento “A hesitação era pertinente, mas aí eu falei: ‘Ah, então agora vai’. Achei lindo isso de ele ter feito o teste para me ver”, lembra ela.

Sobre a convivência, condena que depois de alguns encontros decidiram oficializar o namoro e começaram a morar juntos e, questionada como tem sido a relação na pandemia afirma “Falo que relacionamento pandêmico tem peso 2. Começamos a namorar em janeiro, então estamos no início. Não posso falar de um namoro de anos. Mas posso dizer que é mais intenso sim. Procuramos sempre conversar sobre tudo mesmo. E começar dessa forma tem sido muito bom para nós dois", disse Vasconcellos

Já em outro contexto, Sophia Parker, 22, estudante de artes cênicas, e Lohan Aquino Moreira, 23, estudante de direito, confessam que tiveram certa dificuldade para contornar os efeitos colaterais indesejáveis do afastamento dos corpos. “Bem no começo do isolamento social a gente achou que ainda poderia se encontrar, frequentar pelo menos a casa um do outro. Mas não. Os números crescentes e os alertas do próprio governo frustraram qualquer expectativa. E aí foi quando começamos a ter longas conversas seguidas de choro e tudo o mais. Mas hoje temos uma outra visão sobre esse momento, entendendo a distância como um ato de amor e cuidado mesmo. E posso dizer até que a qualidade do nosso relacionamento melhorou”, garante Parker.

Em relação ao futuro dos relacionamentos no geral, o casal arrisca projeções: para ambos, os namoros, em médio prazo, serão bem mais restritos ao ambiente doméstico, “Acho que nem tão cedo teremos raves ou festas em ambientes fechados e com muita gente. A pandemia pode ter deixado pessoas propensas a se relacionar, e com isso, tudo fica tão difícil que alguns casais não se suportam mais. Se o seu amor sobreviveu à Covid, você não se separa nunca mais” acrescenta o casal.

 

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