A cidade de São Paulo registrou o ar mais poluído do mundo, nesta segunda-feira (9), segundo dados do site suíço IQAir. O ranking mede a qualidade do oxigênio em 100 principais cidades de todo planeta, em tempo real, com base no Índice de Qualidade do Ar do instituto. Pela manhã, São Paulo liderou o Top 100 de pior qualidade do ar, superando cidades como Lahore, no Paquistão, e Kinshasa, capital do Congo, com ambiente considerado “não saudável” para a população.
A classificação indica o ar como insalubre quando atinge 151 pontos, medição feita a partir da concentração de material particulado na atmosfera. Em termos de poluição, São Paulo liderou o ranking com 160 pontos. No Brasil, outras capitais registraram índices ainda piores. As cidades de Porto Velho em Rondônia e Rio Branco no Acre, estão no topo do ranking nacional, com índices de 249 e 223, respectivamente. Nesses municípios, a qualidade do ar é considerada pelo site suíço, como “muito insalubres”.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), nos próximos dias a atuação de uma massa de ar quente causará nebulosidade e ventos variáveis. Com isso, a situação a qualidade do oxigênio permanecerá entre RUIM e MUITO RUIM por mais um período.
Por quê a capital paulista registrou esse recorde negativo?
Os principais motivos para a cidade de São Paulo ter registrado o pior ar do mundo foram as temperaturas elevadas, a umidade relativa do ar baixa e a fumaça decorrente dos incêndios florestais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou 12 estados brasileiros em alerta laranja, nesta segunda-feira (09), devido à baixa umidade relativa do ar (UR). A UR deve variar entre 20% e 12%, com risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.

Além da baixa umidade, a Defesa Civil do Estado de São Paulo anunciou que a maioria do estado está em situação de emergência para incêndios. As queimadas na região ocorrem por conta da seca e também de forma criminosa. Até o momento, 15 pessoas foram presas por atear fogo em regiões de mata.
O Brasil registrou apenas neste ano 159.411 focos de queimadas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O Estado de São Paulo obteve 816 pontos de fogo, sendo 113 somente nas últimas 48 horas.