Os membros do Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, como é abreviado em inglês) decidiram parar de trabalhar em protesto às condições de trabalho que enfrentam e salários abaixo do ideal dado a quantidade de demandas. A greve dos roteiristas começou nesta terça-feira (05), e já afeta a produção de programas de entrevistas, séries e filmes nos Estados Unidos.
Uma das principais reivindicações é a melhoria nas remunerações por roteiros e no amparo trabalhista para profissionais que são responsáveis por tornar toda a produção possível.
A greve teve início após meses de negociações entre o WGA e os estúdios de cinema e televisão, que não conseguiram chegar a um acordo. Expressaram apoio à paralisação dos roteiristas: a atriz Jennifer Coolidge,que também é membro do sindicato de atores - Screen Actors Guild (SAG), Cynthia Nixon, Amanda Seyfried, Quinta Brunson, os apresentadores Jimmy Fallon e Seth Meyers.
A paralisação afeta diretamente o calendário de lançamento de filmes e o cronograma de produção de episódios de seriados. Estima-se que inúmeros programas e episódios possam ser paralisados, inclusive muitos deles já começaram a ser reprisados, como Jimmy Kimmel Live e The Late Show (Canal CBS), Tonight e Late Night (Canal NBC). Além de séries de muito sucesso como, a terceira temporada da série de comédia da ABC Abbott Elementary, a sexta temporada da série da Netflix Cobra Kai, a segunda temporada do spin off da HBO House of Dragons e a quinta e última temporada da série de Stranger Things (Netflix.
A indústria de entretenimento é uma das principais fontes de emprego nos EUA, de acordo com a Associação de Cinema da América (MPAA), em 2019, foram gerados $25,5 bilhões em receitas apenas no mercado doméstico, e $101 bilhões no mercado global. Ainda assim, membros do WGA afirmam que os contratos atuais não são justos o suficiente e não dão valor ao trabalho e à criatividade necessária para se produzir um bom projeto.
Não se sabe quanto tempo a greve dos roteiristas de Hollywood vai permanecer, pois de acordo com a revista Variety, o WGA afirma que a situação vai seguir até que um acordo seja feito. O sindicato pede ainda a compreensão da indústria e do público que consome diariamente os conteúdos que produzem.