Todo o ano voltamos à velha pergunta: “quem regula o poder de quem regula o poder?”, ou “quem regula aquele que regula?”, a pergunta mais famosa entre a direita anti-establishment, que, no final das contas, é quem regula o poder e quem regula o poder de quem regula o poder - agentes duplos!
Fiquei sabendo que essa discussão é uma das quais nem as Forças Armadas escapam. Essas, que querem fiscalizar a contagem dos votos, não querem ser, por sua vez, fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União… ah, a ironia.
Segue o diálogo:
- Queremos fiscalizar as urnas, truco!
- Queremos fiscalizar a fiscalização de vocês… seis!
- Pô, aí não né marreco…
Prevejo a entrada de uma terceira força fiscal - para fiscalizar a fiscalização da fiscalização - mas, a partir daí, não garanto que o carrossel termine. Eu, por exemplo, já mandei a redação contratar um revisor que revise as revisões que meu atual revisor faz nos meus textos… não confio nele. Agora, se ele contratar um revisor que revise seu revisor que eu contratei para revisar as suas revisões, teremos um problema.