Lu ke, conhecido como Susu, foi condenado a 12 anos de prisão após gravações da BBC News Africa comprovarem sua liderança no tráfico e recrutamento de crianças africanas para a produção de vídeos racistas. O chinês, preso preventivamente na Zâmbia após uma tentativa de fuga, terá 7 dias para deixar o país e cumprir a sentença em seu país de origem.
Responsável pela produção de vídeos que expunham menores de idades das comunidades locais a replicação de frases racistas feitos sob demanda para a viralizar nas redes sociais chinesas como meme, o cinegrafista cobrava até R$350 por vídeo gravado. Após uma reportagem investigativa realizada em 2022 pela BBC African Eye, que expôs detalhadamente o caso, o produtor de vídeos sofreu 14 acusações relacionadas a aquisição de crianças para entretenimento, tráfico de crianças, uso ilegal da internet e práticas sociais pejorativas.
Confira como foi essa reportagem investigativa:
https://www.instagram.com/p/Czkm7uCMC2Q/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
A defesa de Susu afirma que o chinês já pagou R$80 mil para o governo do Malawi e para atividades sociais do país, na tentativa de conseguir uma fiança. Mesmo assim, Susu teve seu pedido negado e deverá cumprir sua prisão na China. O produtor nega ter feitos vídeos depreciativos e que sua intenção era divulgar a cultura chinesa para a comunidade local.