Poesia Krenak e Takukrak

Mineração e tristeza acabam com os rios de alegria da aldeia Krenak
por
Christian Policeno
Leonardo Caporalini
|
23/10/2023 - 12h
Foto 1: A aldeia e suas reflexões diárias
A aldeia e suas reflexões diárias
Foto 2
Rio poluído pelo lamaçal do progresso
Foto 3
Nativa recolhendo lixo do desenvolvimento
Texto 4
Tradicional banho de rio indígena
A indefinição da serra
A indefinição da serra
O terreiro e a dúvida pela manhã
O terreiro e a dúvida pela manhã
A cultura imortalizada
A cultura imortalizada
 "O futuro é o espelho do passado"
 "O futuro é o espelho do passado" 

Nas profundezas da terra, onde o eco do tempo ressoa, a mineração emerge, e o rio Doce,
amargo se torna. Mas, na aldeia Krenak, existe uma serra,
Takukrak, onde dela, A lama, triste testemunha, da terra se desvela.

Em rios que já foram puros, agora corre um lamento,
A terra da mineração, um sinistro tormento.
Se espalha como sombras num crepúsculo sem fim,
Engolindo a pureza, rompendo a vida, apagando o brilho.

E a visão do terreiro, que sempre foi termômetro
Sobre o futuro ser bom ou mau
Infelizmente, a resposta é indefinida 
Pela certeza do progresso sem uma busca pelo final.