Mário Ceragioli, 33, já vivia com Paula há alguns meses antes de saberem que Gabriel estava chegando. Mas tiveram pouco tempo antes da pandemia chegar e a quarentena ser adotada em março de 2020. “Já tínhamos o enxoval todo planejado, o chá, e um monte de coisa mais. Isso deixou a Paulinha bem triste”. O consultor de marketing afirma que os meses de gestação durante a quarentena também foram duros para o casal em alguns momentos, principalmente pela falta de outras pessoas queridas em volta, mas que teve muito crescimento para a relação e aprendeu a admirar muito mais sua companheira. Quando podem eles “emprestam” o filho aos avós que vivem no mesmo condomínio, e assim pode ficar mais juntos.
“Foi um tombo”, disse Francisco Leite de 31 anos, quando soube que o casal estava grávido, já no quinto mês de gestação. “Mas foi um tombo bom”. A vida, contudo, "mudou de cabeça para baixo, interrompendo planos e criando novos". Ele é trader e sua companheira Natany, advogada, eles montaram apartamento e se prepararam no tempo que tinham até Heitor nascer. Com o filho, "o casal cresce junto, e junto, cresce o amor", conta Francisco. Apesar dos primeiros meses serem cansativos e brigas às vezes acontecerem, eles vão construindo o projeto da vida em cada momento e assim tem muita alegria.
Para Cássio L. Rothscild, 31, a chegada da filha mudou a perspectiva do casal: “Não tem como separar. Não tem relação sem a Tetê”. Ele e Beatriz, sua companheira, vivem juntos desde 2016, mas descobriram a gravidez no final de 2019, quando o novo Coronavírus não era notícia nem na China. Teresa, a filha do casal hoje com 11 meses, já está menos dependente da mãe e do pai, dando aos dois, mais tempo para prepararem uma janta especial ou fazer qualquer coisa juntos. Cassio explica: “Tudo acontece no mesmo espaço, o trabalho dela, o meu, a vida agora com a Teresa. Onde a gente vive o tempo todo às vezes fica carregado, daí a gente acha que não aguenta, daí a gente para, respira e fica tudo bem”.