No último dia primeiro, a AGEMT recebeu o geógrafo e diretor do Instituto Cidadeapé, Oliver Cauã na PUC-SP. Em entrevista, Oliver explicou um pouco sobre o funcionamento do instituto e os desafios que encontra ao abordar o tema de mobilidade urbana, principalmente em uma grande metrópole como São Paulo, repleta de interesses econômicos e desigualdades em todos os aspectos.
Criado em 2015, durante a gestão Fernando Haddad, o Cidadeapé é um instituto que visa promover uma mobilidade urbana mais acessível e democrática a todos. Atuando como um mediador entre a sociedade civil e a gestão governamental local, tem papel complementar de cobrar o Estado a tomar atitude em relação à questão da mobilidade urbana, ouvindo e levantando pautas trazidas pelos cidadãos, ao mesmo tempo em que os incentiva para também reivindicar por melhorias para aqueles que desejam se locomover a pé pela cidade.
Durante a entrevista, o diretor expõe os desafios encontrados pelo instituto ao tentar desenvolver seu trabalho, segundo ele, um dos principais desafios é o diálogo com o atual governo à frente da Prefeitura do Estado de São Paulo, que banaliza o tema e inviabiliza o diálogo, “Parece que estamos na década de 80, com Paulo Maluf”, afirma.
“O caminhar é o modal mais utilizado no Brasil”. Poucos sabem desse fato, que não é divulgado a conhecimento público, pois apenas sabendo o quão essencial é o caminhar no país é que se desperta o olhar para reivindicar ações de melhoria das condições das calçadas e ruas por parte da prefeitura. Segundo o geógrafo, o caminhar se torna amplamente utilizado pois é usado para realizar pequenos deslocamentos que não são contabilizados.
Importantes iniciativas trazidas por ele no bate papo são, por exemplo, o alargamento das calçadas e a redução da velocidade dos carros, afinal o excesso de velocidade dos automóveis está entre os principais fatores de risco no trânsito. Oliver ainda destaca a importância de nós, enquanto cidadãos, cumprirmos o nosso papel e cobrarmos os órgãos responsáveis para que medidas efetivas sejam tomadas. Para fazer a nossa parte, podemos contribuir com denúncias na central 156, que também funciona pelos canais telefônicos ou nos associarmos ás ONGS e Institutos de Mobilidade Urbana e participar dos diálogos com a prefeitura, além de participar das manifestações. Com o intuito de participar, as informações sobre as reuniões nas redes sociais e no site do Cidadeapé.
Para conferir a entrevista completa em vídeo, acesse o link: https://youtu.be/ig_EjFsP6Pk. Recomendamos que a qualidade de reprodução seja alterada para HD, para que tenha uma melhor experiência.