Com mais tempo dentro de casa durante a pandemia, muitas pessoas recorreram a diferentes atividades para ocupar o tempo e a cabeça durante o isolamento, algumas começaram novos hábitos e outras retomaram atividades que antes não tinham mais tempo de realizar. A leitura foi uma das principais escolhas feita neste período.
Mesmo o Brasil sendo um país com o número de leitores baixo e a média individual por ano sendo de cinco livros, os números na pandemia cresceram.
Em um levantamento da Nielsen Bookscan para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) feito em dezembro de 2020 , revelou que o Brasil teve um tímido crescimento na venda de livros.
O ano de 2020 teve 49,91 milhões de livros vendidos, o que equivale a um aumento de 0,87% em comparação com o ano anterior.
A escritora e colunista Ruth Manus conta que para ela os livros são como uma espécie de companhia “São formas de conforto e uma essencial fuga à dinâmica das telas, que esgota todos nós”.
Manus sente que de um modo geral leu mais durante o último ano, já que o tempo em casa propicia leituras mais regulares “Quero manter esse hábito daqui para frente com mais compromisso e organização”.
Ela acredita que as pessoas que estão lendo mais neste período, provavelmente estão com uma saúde mental mais preservada.
As estudantes Giovanna Santos e Beatriz Liberato também passaram a ler mais durante a pandemia, elas explicam que sempre usaram a leitura como forma de escapar um pouco da realidade e se distrair, mas que neste período sentem que além disso a leitura virou uma forma de terapia para controlar a ansiedade e as preocupações "Dá para relaxar muito só sentando no quintal e lendo um livro”.
Por outro lado, a também estudante Patrícia Kimiko que costuma em geral ler bastante, não sentiu um aumento muito grande em suas leituras na pandemia e não acredita que para ela a leitura tenha servido tanto como escape neste momento, já que no seu caso a faculdade está tomando quase todo o seu tempo em casa.
A leitura é um hábito importante que não só expande o conhecimento, mas também é companheira e acolhedora. O hábito de ler deve ser algo presente na vida de todos e como Manus afirma “É uma das poucas coisas boas que fica desses tempos de Covid-19”.