Oscar 2025: saiba mais sobre as indicações de Melhor Animação

Premiação mais importante de cinema acontece em Los Angeles neste fim de semana e reúne cinco concorrentes para a categoria
por
Kaleo Ferreira e Thayná Alves
|
28/02/2025 - 12h

 

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (em inglês, Academy of Motion Picture Arts and Sciences ou AMPAS) divulgou, no dia 23 de janeiro deste ano, a tão aguardada lista de indicações ao Oscar. Na categoria Melhor Animação, a disputa está entre cinco grandes produções: "Flow", "Robô Selvagem",  "Memórias de um Caracol", "Wallace & Gromit: Vingança das Aves" e "Divertida Mente 2" . 

O anúncio foi feito oficialmente pelo site e pelas redes sociais da AMPAS, com apresentação dos atores Rachel Sennott e Bowen Yang.

A 97ª cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá no próximo domingo, dia 2 de março, e será apresentada pelo comediante Conan O'Brien. 

Conheça os filmes indicados a Melhor Animação no Oscar 2025

1.Flow - À deriva

Cena de “FLow - À deriva’’. Foto: Filmspot/ Reprodução
Cena de “FLow - À deriva’’. Foto: Filmspot/ Reprodução

Dirigido por Gints Zilbalodis, o longa retrata a jornada de um gato preto solitário que, após uma inundação devastadora destruir seu lar, encontra refúgio em um barco habitado por diversas espécies, aprendendo a conviver com elas e as diferentes ameaças encontradas no percurso. 

O cenário sugere um mundo pós apocalíptico, onde há apenas vestígios da presença humana e um grande ecossistema natural. Sem diálogos e com uma animação diferente dos outros concorrentes - realizada no Blender, um software gratuito usado para a criação de conteúdos em 3D - “Flow” venceu o Globo de Ouro de Melhor Animação em fevereiro de 2025 e conta com sons reais de animais e da natureza para contar esta comovente história.

Produzido na Letônia, “Flow” também foi indicado como melhor filme internacional, sendo concorrente do longa brasileiro “Ainda estou aqui”. 

2. Robô Selvagem

Cena de Robô Selvagem’’.Foto: Cabana do leitor/ Reprodução
Cena de Robô Selvagem’’.Foto: Cabana do leitor/ Reprodução

A trama acompanha a robô Roz, que naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil, construindo relacionamentos com os seres locais. A robô foi construída por seres humanos e programada para servir, e quando se encontra em uma floresta selvagem, tenta a todo custo ajudar os animais ali presentes.

Neste processo, Roz acidentalmente destrói um ninho de gansos na ilha, e torna-se responsável por um dos ovos restantes, cuidando do filhote para garantir sua sobrevivência.

Dirigido por Chris Sanders, conhecido por "Lilo & Stitch" e "Como Treinar o Seu Dragão", o filme é baseado no romance homônimo de Peter Brown. “Robô selvagem” traz questões de maternidade e pertencimento, além de mostrar, de forma leve, o que acontece quando a natureza e a tecnologia se encontram no mesmo ambiente. 

3. Wallace & Gromit: Avengança 

Cena de “Wallace & Gromit: Avengança’’.Foto: IMDb/ Reprodução
Cena de “Wallace & Gromit: Avengança’’.Foto: IMDb/ Reprodução

A animação do estúdio Aardman traz de volta a história do inventor Wallace e seu fiel cachorro Gromit em seu incrível mundo de massa de modelar para as telas. Desta vez em "Wallace & Gromit: Avengança", temos o retorno do vilão sem expressão, o pinguim Feathers McGraw, que apareceu pela primeira vez no curta-metragem "Wallace e Gromit: Calças Erradas" de 1993 e que acabou ganhando a categoria no Oscar de Melhor Curta-metragem de Animação no ano seguinte.

O filme conta como Wallace teve a grande ideia de criar um anão de jardim que é capaz de realizar todas as tarefas domésticas no quintal de casa. Porém, da prisão, o vilão McGraw descobre a invenção e elabora o plano de hackear o anão e assumir o controle, com o objetivo de pegar o diamante para ele, e em contrapartida, fazer com que o dono acabe sendo acusado de vários crimes supostamente cometidos por sua criação. Vendo seu amigo em uma situação crítica, Gromit entra em ação para salvá-lo e punir o vilão.

Produzido no Reino Unido, “Wallace & Gromit” mostra o reencontro desses grandes personagens e uma continuação do filme de 1993. O estúdio não desistiu em inovar nessa grande história e promover  a nostalgia entre o público, transformando histórias simples em produções fantásticas e com grandes personagens já conhecidos.

4. Divertida Mente 2

Cena de “Divertida Mente 2”. Foto: Rolling Stone Brasil/ Reprodução
Cena de “Divertida Mente 2”. Foto: Rolling Stone Brasil/ Reprodução

Com um salto temporal na vida de Riley, que agora já é adaptada na cidade de São Francisco com seus 13 anos, a jovem entra na puberdade e na adolescência. Com esse amadurecimento, a sala de controle mental da garota passa por uma reforma para dar espaço a novas emoções: Ansiedade, Tédio, Vergonha e a Inveja, além das que já conhecemos no primeiro filme:  Alegria, Tristeza, Nojinho, Medo e Raiva. 

As antigas emoções ficam perdidas com essa mudança, não sabendo como agir e se sentir nesse novo momento, trazendo algumas preocupações em tentar lidar com tudo, principalmente com a chegada da Ansiedade.

Em mais um ano, a Pixar também está concorrendo a categoria com sua continuação do primeiro filme de 2015, que também competiu na mesma categoria de Melhor Animação, a qual ganhou a estatueta, e de Melhor Roteiro Original em 2016.

Apesar do filme ter a mesma fórmula do primeiro, ele é de grande importância por trazer novos assuntos, como o transtorno de   ansiedade, que é uma das maiores doenças psíquicas da atualidade,  e mostrar como o longa vai amadurecendo, como a Riley.

5. Memórias de um Caracol

Cena de “Memórias de um Caracol”. Foto: CinePOP/ Reprodução
Cena de “Memórias de um Caracol”. Foto: CinePOP/ Reprodução

O australiano, Adam Elliot, escritor, produtor e diretor do filme, volta aos cinemas depois de 15 anos com essa nova animação em stop motion, seguindo a mesma linha de seu último filme “Mary e Max”, trazendo temas como solidão, traumas e o próprio crescimento.

“Memórias de um Caracol” conta a história da jovem Grace Prudel. Se passando na Austrália de 1970, a menina cresce em uma família marcada pela tragédia. Ela e seu irmão gêmeo, Gilbert, são criados pelo pai que é paraplégico e alcoólatra, e sua mãe acaba morrendo. 

Anos passam e os gêmeos são separados, cada um indo para lares adotivos diferentes, enquanto Gilbert sofre em uma família evangélica cruel, Grace se retira e encontra conforto em sua coleção de caracois. 

Após anos de solidão, a jovem conhece Pinky, uma mulher idosa que vira sua amiga e juntas, compartilham histórias, lágrimas, risadas, fazendo com que Grace saia da sua concha e veja uma nova perspectiva da vida, observando a esperança e a beleza da vida.

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