Os Extremos da Chuva: o Excesso e a Falta

Os eventos climáticos têm aumentado e se tornado mais intensos no país continental, os desastres causados por tais evidenciam o despreparo humano em lidar com a natureza e seus eventos
por
Alice Di Biase
Annanda Deusdará dos Santos
Nina Januzzi da Gloria
|
13/11/2023 - 12h

 

Não é de hoje que o Brasil é caracterizado por eventos climáticos extremos. Porém, o ano de 2023 foi marcado por eles do começo ao fim. Não houve um mês do ano em que os grandes veículos de jornalismo não noticiaram as chuvas ou longos períodos de estiagem e suas consequências no cotidiano das populações afetadas. 

Chuvas intensas, ondas de calor, incêndios florestais, secas extremas: esses eventos climáticos têm aparecido com mais frequência por causa do El Nino e tem se tornado mais intensos e catastróficos. Com isso tem se debatido o papel das mudanças climáticas nesses eventos que tendem a ser mais frequentes. 

O que é o El Nino e como ele afeta o Brasil

O fenômeno ocorre geralmente no segundo semestre do ano e não apresenta período de duração específico, podendo persistir por até 2 anos. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ele consiste no aquecimento anormal da superfície do Oceano Pacífico na região da linha do Equador, afetando toda a costa da América do Sul. Durante esse período a temperatura das águas sofre acréscimo de, pelo menos, 0,5 graus Celsius. 

Os chamados ventos alísios apresentam papel fundamental na formação do fenômeno: são ventos constantes que empurram as águas da superfície, e assim, permitindo com que as águas frias das profundezas subam. Porém durante esse período essa troca não ocorre, pois os ventos estão enfraquecidos ou praticamente inexistentes. Assim, a água quente permanece na superfície por mais tempo e pode chegar até 3 graus acima da média.

El Nino no Brasil Fonte: INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) 

Por estar muito mais quente que o normal, a água da superfície do Pacífico evapora mais facilmente e forma nuvens carregadas aumentando a umidade, ocasionando em maior probabilidade de chuvas no Sul e Sudeste. Isso ocorre porque a circulação de ventos causada pelo El Nino interfere na circulação habitual dos ventos, funcionando como uma barreira que impede que as frentes frias cheguem ao Hemisfério Sul. Permitindo que as nuvens de chuva que se formam com intensidade no meio do Oceano Pacífico cheguem à região Sul e permaneçam por mais tempo na região.

Por outro lado, o evento meteorológico provoca longos períodos de seca e estiagem na região Norte e Nordeste, o ar quente e seco circula e atinge a região norte, dificultando a formação de nuvens de chuva no Norte e Nordeste do país.

Chove chuva, chove sem parar

O cenário é alarmante, como foi alertado por diversos estudiosos do aquecimento global e das mudanças climáticas. Assim como resumido no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC em inglês) em março deste ano: em sincronia com o aumento da temperatura média global são previstas elevações na quantidade total de chuvas no território brasileiro, principalmente na região Sul e Sudeste – onde se concentra a maior parcela da população. 

Mesmo com diversos alertas e previsões de chegadas de ciclones extratropicais ao país, não foi possível conter os estragos e as mortes causadas por tamanho volume de água em poucos dias. Foi o que ocorreu em fevereiro no litoral norte de São Paulo: um ciclone extratropical de pequeno porte atingiu a região, entre os dias 18 e 19. Em comparação com médias históricas, choveu em 24 horas o que era esperado para os meses de janeiro e fevereiro, principalmente nos municípios de São Sebastião e Bertioga. Foi registrado respectivamente a pluviosidade de 627 mm e 683 mm – segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a maior pluviosidade registrada no país em um período tão curto de tempo. Os maiores estragos ocorreram na região da Vila do Sahy e foram registradas no total 65 mortes, tendo 64 delas ocorrido em São Sebastião.

Fortes chuvas atingem litoral de SP (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A alta na pluviosidade é esperada na região nessa época do ano, porém, por uma combinação de fatores climáticos fez com que o litoral norte fosse atingido por um volume altíssimo de chuva em poucas horas. Quando se fala em 683 mm, muitas pessoas se assustam, no entanto muitos não entendem o que representa e como é calculada a pluviosidade. Um mm de chuva registrado é equivalente a 1 litro de água sobre a área de um quadrado com 1 metro de lado. Então, quando se fala de 683 mm de água significa que caíram 683 litros em um único metro quadrado.

Em contribuição para a Revista Pesquisa Fapesp, Pedro Camarinha, pesquisador especialista em mudanças climáticas e desastre no Cemaden explica que: "Parte dessa chuva poderia ter caído sobre o mar ou se deslocado para outros pontos, mas uma série de fatores conhecidos atuou para que ela tenha ficado parada ali por muito tempo". O aumento da temperatura na superfície dos oceanos e a mudança na participação dos ventos fizeram com que a chuva intensa permanecesse por mais tempo no litoral.

Infográfico sobre as fortes chuvas no sul e sudeste brasileiro. Fonte: Annanda Deusdará

Outros eventos climáticos extremos relacionados à chuva chamaram a atenção pela intensidade com a qual atingiram o país, principalmente a região sul. Tempestades e ciclones extratropicais atingiram a região em diversos momentos do segundo semestre do ano, o mais recente foi em Santa Catarina. O Vale do Itajaí, que circunda o Rio Itajaí-açu foi a região mais afetada, cidades como Taió e Rio do Sul ficaram em estado de calamidade pública. A terceira maior cidade do estado, Blumenau, teve a maior enchente desde 2011 devido ao aumento assustador do nível do rio. O rio Itajaí-açu apresenta nível médio de 4 metros e chegou aos 10,8 metros, de acordo com a prefeitura. 

Durante o período de chuvas extremas na região, diversos catarinenses ficaram desalojados e muitos desabrigados, comportas de barragens permaneceram fechadas para ajudar na contenção do volume de chuva e diversas avenidas foram interditadas, impedindo a chegada e saída da população e de cargas. 

 

A parte humana da chuva 

Os desastres que ocorreram devido às chuvas denunciam o despreparo e a negligência por parte do poder público ao lidar com a natureza. A tecnologia de previsões meteorológicas avança cada vez mais e atualmente é possível prever com semanas de antecedência chegadas de frentes frias, tempestades e ciclones. O pequeno ciclone que atingiu o litoral norte de São Paulo em fevereiro que deixou 65 mortos foi visto claramente via satélite. Caso tivesse sido alertado com antecedência e feito o devido processo de evacuação, as mortes poderiam ter sido evitadas?

Todo o litoral norte passou destruição: de bens materiais, casas vieram abaixo, moradores ficaram sem energia por horas e em média 2 mil pessoas ficaram desalojadas. No entanto, os eventos climáticos extremos não atingem a todos da mesma maneira, acontecimentos como esse evidenciam o cenário de desigualdade do país. 

Das 65 mortes que ocorreram, 64 foram apenas em São Sebastião e a maneira na qual a região é ocupada apresenta relação direta com isso. No município, a maior parte da população se encontra em áreas de risco, como a Vila do Sahy – comunidade localizada no bairro Barra do Sahy onde as casas se aglomeram em encostas – a região sofreu com deslizamentos de terra e foi a mais afetada durante as chuvas. Já em Bertioga, houve muitas áreas alagadas, mas os condomínios de alto padrão que compõem a região, estão mais longe das escarpas montanhosas e não houve mortes. 

A demora e a dificuldade na reparação do estrago deixado pela chuva em Santa Catarina levou ao adiamento da famosa festa alemã de Blumenau, a Oktoberfest. Também deixou muitos catarinenses sem energia por dias e a interdição de estradas fez com que mercadorias não fossem entregues e que pessoas não retornassem para suas famílias. Luciana dos Santos, natural de Pouso Redondo (SC) que mora com o marido e a filha em São Paulo, conta sobre os dias sem energia e com medo das chuvas incessantes: “Além de ter ficado três dias sem luz, a bomba elétrica que bombeava água do poço pra minha casa também não funcionava, tive sorte que não entrou água na casa da minha mãe que fica na parte alta da cidade, mas ficar sem poder tomar banho de chuveiro, sem lavar louça é extremamente desconfortável. Com a vida que a gente leva hoje é inadmissível ficar nesse estado por tanto tempo”. 

Foto da cidade de Rio do Sul Fonte: divulgada nas redes sociais

A cidade de Pouso Redondo serviu como abrigo para as cidades vizinhas que foram destruídas pela chuva como Taió e Rio do Sul. Luciana conta que fez diversas tentativas para chegar até Rio do Sul - não existem ônibus de Pouso Redondo que façam viagem direta para São Paulo, o mais próximo sai de Rio do Sul – mas a estrada estava alagada e com uma fila de ônibus e caminhões esperando a água baixar: “Existia a possibilidade de passar de trator pela área alagada mas como ia seguir viagem depois disso? Achei melhor esperar para passar de ônibus. Foi desesperador passar por aquela água toda, tivemos que tirar tudo do bagageiro porque a água estava naquela altura já. Consegui chegar na rodoviária e pegar o ônibus para São Paulo, mas passar pela cidade foi muito triste: só via os telhados das casas, pessoas carregando uma televisão na mão porque foi a única coisa que deu pra salvar.” Tempestades e ciclones não são evitáveis, porém, tragédias são.

Cidade de Rio do Sul debaixo d’água. Fonte: Luciana dos Santos

Onde falta chuva

Segundo dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que levam em conta os registros de volume de chuva (em milímetros) de toda a sua base histórica, quatro estados das regiões Norte enfrentam neste ano a pior seca desde 1980 por causa da falta de chuvas: Amazonas, Pará, Acre, Amapá.

Isso ocorre devido à junção de dois fatores: o El Nino e a distribuição de calor no Oceano Atlântico Norte. Essas duas situações fazem com que a temporada de chuvas que deveria começar em novembro, seja adiada para janeiro, agravando a seca.

O problema, que já afeta mais de 600 mil pessoas no Amazonas, é acentuado pelas queimadas na região, tendo como consequência grandes quantidades de fumaça que atinge Manaus e outras cidades em seu entorno, classificando a cidade entre as piores em relação a qualidade do ar do mundo em outubro e aumentando a ocorrência de doenças respiratórias comuns nesta época do ano.

O período de seca e queimadas é comum na Amazônia durante os meses de agosto a novembro, isso ocorre porque a baixa umidade do ar favorece a propagação do fogo. O problema é o agravamento dessas circunstâncias, como mostram os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a média de focos de calor na região no mês de setembro supera os 32 mil. 

Infográfico sobre os principais problemas da seca. Fonte: Annanda Deusdará

As dificuldades apresentadas pela seca vão além do calor extremo e agravamento de doenças, elas se estendem à falta de alimentos, água potável, racionamento de energia e restrição de mobilidade. De acordo com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), pelo menos 15 mil pessoas são afetadas pela falta de água na região às margens do Rio Madeira. 

O baixo nível dos rios atrapalha a navegação dos barcos, deixando comunidades isoladas e sem alimentos. Segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam), 90% das 136 embarcações que atuam nas 116 linhas do estado operam com alguma restrição.

No início de outubro (2), a concessionária Santo Antônio Energia, uma das maiores do país, suspendeu suas operações da hidrelétrica em Rondônia devido à seca do Rio Madeira, segundo a empresa os níveis de vazão do rio estavam 50% abaixo da média. O serviço voltou a funcionar após duas semanas, no dia 16 de outubro, segundo a empresa o nível da água subiu possibilitando a retomada das atividades, e reforçou que o processo foi feito com alinhamento com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

O impacto também tem sido sentido na falta de insumos no Polo Industrial de Manaus (PIM). Entrevistado pelo G1 AM, Marcello Do Gregorio, diretor do Super Terminais, informou que muitos navios têm ficado pelo caminho, entre o Rio Amazonas e o Rio Madeira, já que não conseguem passar por esses trechos. Segundo ele, a seca impede o transporte dos navios cargueiros, que trazem os contêineres da Ásia com os insumos para o setor de eletroeletrônico. Em razão disso, 35 das mais de 100 grandes indústrias do PIM, irão dar férias coletivas para 17 mil trabalhadores por aproximadamente 2 semanas. 

Outro problema comum nessa época do ano é o fenômeno conhecido como “terras caídas”, isso acontece quando a água atua sobre as margens dos rios, causando erosão e abrindo extensas "cavernas subterrâneas", até que uma ruptura provoque a queda do terreno, que é tragado pelas águas.

Isso foi o que aconteceu com a comunidade ribeirinha de Vila Arumã na cidade de Beruri a 170 km de Manaus. Apesar de ser algo normal de acontecer, geralmente o nível de desmoronamento é pequeno, o que não ocorreu em Arumã, que teve mais de 40 casas engolidas pela lama no deslizamento, deixando duas pessoas mortas e outras feridas e desaparecidas. 

Conforme relatos de moradores, o fato ocorreu na tarde do dia 30 de outubro, quando o deslizamento de terra iniciou, muitos sentiram um forte tremor e quem conseguiu se proteger correu em direção à floresta. Uma base dos Bombeiros foi montada na Comunidade São Lázaro, que fica ao lado do local atingido, para coordenar os atendimentos e resgate.

 

Saúde em risco  

A seca colabora para o ressecamento da mucosa das vias aéreas, o que pode agravar problemas de saúde causados pelas queimadas, como alergias, asma e dermatites. Em consequência, delas também vêm infecções bacterianas como pneumonia e sinusite. Os grupos mais afetados são idosos, crianças e gestantes

Riscos da seca para a saúde Fonte: OMS e UNICAMP

Em entrevista ao Nexo, a pesquisadora de saúde pública na Fiocruz Piauí,  Beatriz Fátima Alves de Oliveira afirmou que, além de problemas associados às queimadas, a seca favorece doenças ligadas à disponibilidade de água, como as gastroenterites. Sem acesso à água potável, as pessoas podem ingerir líquido impróprio para consumo, entrando em contato com os microrganismos que causam as enfermidades. Essa junção de enfermidades pode sobrecarregar o sistema de saúde e prejudicar ainda mais comunidades isoladas pela baixa navegabilidade dos rios.

 

Fauna e Flora em alerta

No final do mês de setembro equipes de emergência encontraram 153 botos mortos no lago, ponto onde o rio Tefé se encontra com o rio Amazonas, o caso ocorreu devido ao aumento de mais de sete graus além do habitual alcançando 39,1°C, segundo o Instituto para o Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM, na sigla em inglês) e o grupo ambientalista WWF-Brasil. Entre os animais encontrados estão o boto-cor-de-rosa e o tucuxi, ambos estão com risco de extinção segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), as espécies são consideradas um indicador importante da saúde das águas, flora e fauna habitadas por eles.

Boto morto encontrado no Rio Solimões            Foto: Yan Boechat

 

Medidas tomadas pelo governo

Através do decreto de estado de emergência, que se caracteriza pela iminência de danos à saúde e aos serviços públicos por conta de um desastre, os governos estaduais e federal criaram uma série de medidas para enfrentar a estiagem e seus efeitos na população.

Entre elas estão a dispensa de licitação de contratos de aquisição de bens como cestas básicas, que facilita o acesso rápido e volumoso das cestas possibilitando que mais famílias sejam ajudadas; a flexibilização da licença para abertura de poços artesianos; amparo a produtores rurais; suspensão de cobrança em restaurantes do programa Prato Cheio; intensificação do combate aos incêndios florestais; dragagem dos rios mais secos, retirada de sedimentos para aumentar a profundidade do rio; acesso a programas sociais federais e liberação de emendas parlamentares.

Antes do decreto, o governo do estado do Amazonas já estava realizando a chamada Operação Estiagem com recursos estimados de R$100 milhões em ações. O pacote de medidas inclui o apoio a famílias afetadas pelo desabastecimento, distribuição de cestas básicas e kits de higiene, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais

O governo federal anunciou que vai pagar um auxílio no valor de R$2.640 para pescadores que foram afetados pela seca no Norte do Brasil. A medida provisória (MP) foi assinada pelo presidente Lula no início do mês de novembro. O auxílio será pago em parcela única para pescadores artesanais beneficiários do Seguro Defeso que estejam cadastrados em municípios em situação de emergência, o recebimento da ajuda não interferirá no direito de outros benefícios.

Em entrevista ao Outra Saúde, o professor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia, Adelmir de Souza Machado, falou sobre soluções de médio e longo prazo para lidar com a crise climática.  Entre elas estão o investimento em educação ambiental em todos os níveis, criação de leis ambientais mais rígidas e ações preventivas para locais de risco, visto que o sistema meteorológico brasileiro é capaz de prever com meses de antecedência mudanças climáticas dessa magnitude.

 

Brasil e as ações contra a chuva e seca extrema

O país adota medidas para mitigar e prevenir os efeitos desses eventos extremos. Na região Nordeste, devido a propensão do local a secas, são adotadas como formas de contornar e mitigar a estiagem, a construção de cisternas, programas de distribuição de água e práticas agrícolas resistentes à seca.

Incentivo a práticas agrícolas resistentes a seca Fonte: Portal do Agronegócio 

 

Já em relação às chuvas intensas, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, implementaram ações como as obras no rio Tietê que passam pela capital paulista, abertura de piscinões, criação de um sistema de alerta e no interior carioca a contenção de encostas. 

No Sul do Brasil, região que sofreu durante o mês de outubro com as chuvas intensas, medidas também foram implementadas, como a contenção e sobrelevação de estruturas em barragens, adquirir radares meteorológicos e a criação de um Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd) que funciona 24 horas com acompanhamento meteorológico, segundo a Defesa Civil catarinense. 

Mesmo com essas ações adotadas pelo território brasileiro, situações como a seca extrema no Norte do país e as inundações no Sul, reforçam o despreparo, a precariedade e a má distribuição de recursos que ajudam a lidar com essas condições climáticas adversas. 

 

Eventos no globo e seus efeitos

Além do Brasil, diversos países do globo vêm enfrentando os efeitos das mudanças climáticas e os eventos climáticos extremos. À medida que essas situações se tornam cada vez mais frequentes, a preocupação global sobre a ocorrência de chuvas, secas e outros fenômenos, além dos desastres causados por eles, cresce. Desse modo, há um aumento na busca e criação de meios para se enfrentar e mitigar os impactos desses acontecimentos.

Dentre os países ao redor do mundo que lidam com esses eventos e que criaram métodos de mitigação e prevenção, temos:

 

1.  Japão: o país é propenso a chuvas fortes e tufões, que podem resultar em inundações e deslizamentos de terra. Buscando minimizar os impactos, desenvolveram um sistema avançado de alerta e criaram uma infraestrutura de contenção, que protege o local, em especial Tóquio, de enchentes.

Cisterna do reservatório, localizado em Tóquio, que protege cidade de enchentes Fonte: Getty Images

2.  Austrália: propensa a várias secas severas em diversas regiões do país, criou medidas como a gestão de água, auxílio financeiro aos agricultores afetados, investimentos em tecnologias de dessalinização e programas de conservação de água. O incentivo em tecnologias de dessalinização australiano vem crescendo, de modo que além de Perth, Melbourne e Adelaide se juntem à lista de lugares que realizam o processo. Juntas, elas fornecerão 130 milhões de litros de água por dia.

Planta de dessalinização de Perth Fonte:: www.abb.com

3.  Bangladesh: localizado no sul da Ásia, o país é suscetível a inundações sazonais em razão das monções. Por isso, tem investido em estratégias de resposta a inundações e de prevenção.

   Forte chuva em Daca, Bangladesh Foto: MUNIR UZ ZAMAN / AFP

4. Califórnia, EUA: estado no oeste dos Estados Unidos, a Califórnia vive secas recorrentes, o que faz com que as autoridades adotem diversas políticas, dentre elas a de restrição de uso de água, promoção de tecnologias de conservação, como a reciclagem de água, e a gestão de reservatório

 

Deck flutuante é visto na margem seca do Lago Hodges, próximo a San Diego, na Califórnia, (Foto: Mike Blake/Reuters)

 
 Atividade realizada para a disciplina de Oficina de Texto