A fumaça branca que anunciou a eleição do novo papa reacendeu velhas e novas perguntas. No coração da Praça de São Pedro e nas ruas das grandes cidades, fiéis e não fiéis discutem o impacto da escolha e, principalmente, o que esperam desse novo líder religioso.
Entre os que acompanham o momento com olhar crítico está João Gabriel, estudante de Economia da PUC-SP. Em entrevista à nossa reportagem, ele não economizou nas palavras ao imaginar um encontro com o novo pontífice:
“Mano, eu ia direto no assunto. Ia querer saber se ele pensa em fazer algo real pelos pobres, pelas mulheres, ou se vai continuar naquele papinho de sempre.” A fala de João resume a cobrança de muitos jovens que esperam mudanças reais e não apenas discursos. à capacidade da Igreja de enfrentar os próprios tabus e dialogar com as urgências sociais contemporâneas.
Maria Clara, estudante de Jornalismo da PUC-SP questiona se essa escolha foi realmente guiada por fé ou política?
“Ah, foi política total, principalmente pela questão dos Estados Unidos, pois é o primeiro papa americano, e hoje é o maior país em questão de poder aquisitivo e grande potência”. As palavras de Maria Clara ecoam em um momento delicado para a Igreja, que enfrenta a crise de credibilidade, perda de fiéis e desafios internos entre elas conservadoras e progressistas.