Sexta-feira, 30 de setembro de 2022, veja os destaques do Resumo AGEMT Especial Eleições:
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Análise: Último debate presidencial faltou Brasil;
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Veja as regras para a votação no próximo domingo (2);
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Perfil do eleitorado brasileiro;
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Furacão Ian deixa mortos na Flórida;
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Explosão mata 19 e deixa 27 feridos no Afeganistão;
Faltou Brasil
Diferente dos outros dois debates entre os presidenciáveis ocorridos antes do 1° turno, neste último, o nível despencou. Com diversos ataques, muito abaixo da cintura, estava desenhado que 5 candidatos foram para debater propostas e ideias, e os outros 2 apenas para atrapalhar o andamento.
Mas, para não embaralhar as ideias, vamos entender o que estava em jogo no debate. Um candidato foi para o debate disposto a buscar o voto útil para encerrar a eleição já no próximo domingo (2), em 1º turno. O segundo colocado nas pesquisas se planejou para que a disputa fosse para o segundo turno, misturando uma série de narrativas populares entre seus apoiadores.
No meio dessa disputa, a desidratada terceira via ainda tenta, à força, defender o voto por convicção no 1º turno. Em um debate fraco, até Simone Tebet (MDB), sempre muito bem nos debates, foi discreta. O desempenho mediano de Ciro Gomes (PDT) e Tebet pode atrapalhar os planos de Lula de encerrar a eleição já no próximo domingo (2), uma vez que o candidato petista faz campanha pelo voto útil, justamente buscando o eleitorado desses candidatos.
O desempenho da dita terceira via é importante, porque em um eventual segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), o terceiro colocado pode despontar como um possível nome para liderar uma oposição pelos próximos 4 anos e pensar na eleição de 2026.
O candidato Kelmon, que não é padre, protagonizou os momentos mais cômicos do debate. Sem vergonha de servir como linha auxiliar do presidente Bolsonaro, foi chamado de “padre de festa junina”, “candidato laranja” e “cabo eleitoral”. Desconhecido, cumpriu à risca sua função no debate: tumultuar.
Não houve vencedores no debate, mas sobrou perdedores. O Brasil perdeu ao assistir ao show de horrores entre os presidenciáveis. Faltou falar de fome, desemprego, de empobrecimento e endividamento do brasileiro. Faltou discutir o Brasil no último debate.
Regras para a votação
Neste domingo (2), serão realizadas as eleições gerais do primeiro turno no Brasil. Confira o que é permitido e o que não é neste dia.
-Neste ano, o eleitor não é obrigado a apresentar o título, desde que saiba o número da seção de cor;
-É exigido um documento com foto, que pode ser o RG, CNH, Passaporte, Carteira profissional, Certificado de reservista ou Carteira de trabalho. Eleitores com biometria cadastrada podem apresentar somente o e-Título;
-Eleitores com registro biométrico devem coletar a biometria em até quatro tentativas, se na última não for possível, o presidente da seção solicitará a assinatura no caderno de votação;
-Não será permitido entrar com telefone celular na cabine de votação, o eleitor deverá deixá-lo com o mesário antes de votar;
-Na cabine de votação não é permitido nenhum aparelho que comprometa o sigilo do voto;
-Eleitores com deficiência poderão contar com auxílio de um cuidador, mesmo que não tenha sido feito requerimento anterior;
-No dia da votação é permitido a manifestação individual e silenciosa por meio de bandeiras, broches, adesivos, camisetas e outros adornos;
-Passeatas, carreatas e utilização de alto-falantes ou carros de som são permitidos somente até as 22h da véspera da eleição;
-É permitido manter nas redes sociais, sites e blogs publicações com conteúdos relacionados à campanha eleitoral, desde que publicados até a véspera da votação. As publicações no dia do pleito são proibidas, além do impulsionamento de conteúdos, ainda que publicados anteriormente;
-É crime: fazer comício, boca de urna, divulgar dados inverídicos e aliciar eleitores;
-Os eleitores são incentivados a levar cola com o número dos candidatos em papel a fim de tornar mais rápida a digitação dos números na urna e ajudar a lembrar a ordem da votação;
-A ordem de escolha na urna eletrônica é:
1- Deputado federal
2- Deputado estadual
3- Senador
4- Governador
5- Presidente da República
Quem vai às urnas ?
No próximo domingo (2) acontece o 1º turno das eleições gerais no Brasil, esta será a 9ª eleição desde a redemocratização do país. Mas, quem vai às urnas?
O Brasil tem 156.454.011 eleitores aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cerca de 52,65% desse eleitorado é composto por mulheres, um total de 82.373.164. O percentual de homens é de 47,33%, com 74.044.065 eleitores. Ainda há outros 36.782 votantes sem informação, em um total de 0,02%.
Ainda segundo o TSE, 118.151.926 eleitores serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. O órgão informa que 38.320.884 de brasileiros, ou 24,48%, ainda estão sem o cadastro da biometria.
Na divisão por regiões do país, o sudeste possui 42,64% dos eleitores. Em seguida vem o nordeste com 27,11%; sul com 14,42%; região norte com 8,03% e 7,38% está no centro-oeste.
Comparando com a eleição de 2018, o número de eleitores entre 16 e 17 anos cresceu 51,13%, em números absolutos, 2.116.781 de jovens anos poderão votar. O Brasil possui 2.637 zonas eleitorais, divididas em 496.512 seções eleitorais.
Furacão Ian
Pelo menos 21 pessoas morreram após a passagem do furacão Ian, segundo o governo da Flórida, nos Estados Unidos, e centenas de pessoas estão desaparecidas.
O Ian havia sido rebaixado para a categoria de tempestade tropical. Porém, por volta das 18h30 desta quinta (29), o Centro Nacional de Furacões (NTH, na sigla em inglês) emitiu um alerta no qual informa que o fenômeno voltou a ser enquadrado como furacão.
"Este pode ser o furacão mais letal da história da Flórida", disse o presidente americano, Joe Biden, durante uma visita ao escritório da agência federal que combate desastres naturais, FEMA, em Washington.
Até o momento, já houve mais de 700 pessoas resgatadas, de acordo com o governador da Flórida, Ron De Santis.
Mais de 2,5 milhões de casas estão sem energia em todo o estado da Flórida e diversas residências tiveram danos estruturais após a passagem do furacão.
Contra a educação
Um ataque suicida em uma escola em Cabul no Afeganistão deixou pelo menos 19 mortos e 27 feridos, informou a polícia nesta sexta-feira (30). Segundo as autoridades, a explosão veio de um homem-bomba no bairro de Dasht-e-Barchi. O local é habitado, predominantemente, pela religião muçulmana xiita que abriga a comunidade Hazara (uma minoria étnica alvo de ataques anteriores lançados pelo grupo militante Estado Islâmico e o Talibã).
Em 2021, antes que o Talibã voltasse ao poder, 85 pessoas morreram depois que três bombas explodiram em um colégio no mesmo bairro. Tanto o grupo quanto o Estado Islâmico são contra a educação, principalmente de meninas e mulheres. Estima-se que a maioria das vítimas do atentado desta sexta-feira são mulheres adolescentes.
"Atacar alvos civis prova a crueldade desumana do inimigo e a falta de padrões morais", afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, sem especificar quais grupos são suspeitos do ataque. Além disso, relatou que as vítimas são alunos do ensino médio que faziam um exame de admissão à universidade (em geral, os colégios do Afeganistão não funcionam às sextas): “Os alunos estavam se preparando para um exame quando um homem-bomba atacou este centro educacional”, disse.