As notícias de destaque nesta terça-feira, 10/05

OMS diz que política de 'covid zero' é insustentável, recorde de arrecadação do ICMS, reafirmação da confiabilidade do sistema eleitoral por Lira e mais
por
Ana Beatriz Villela
Letícia Coimbra
Vitor Simas
|
10/05/2022 - 12h

Política 

“Acha que artista é tudo comunista”, diz Lula sobre Bolsonaro. Arthur Lira reafirma confiabilidade do sistema eleitoral e pede “tranquilidade política” com as eleições. 

 

Foto: Reprodução/Youtube
Foto: Reprodução/Youtube

 

"Tudo comunista" 

Nesta terça-feira (9), o ex-presidente Lula (PT), enquanto estava na cidade mineira de Contagem, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) não gosta de artistas por achar que todos são “comunistas”, ao falar sobre educação.   

"Não! Artista é artista e o artista é capaz de conduzir a sociedade a pensar corretamente, a enxergar o que antes a gente não enxergava", disse o ex-presidente. 

Além disso, o ex-presidente teceu críticas ao governo atual, no que se refere à falta de ação do governamental durante a pandemia da covid-19, bem como a má gestão da crise econômica atual. "E eu quero dizer, esse país não precisa de arma, quem tem que ter arma são as Forças Armadas para defender a gente e a polícia para prender quem quer importunar a vida do povo na sua tranquilidade. Esse país está precisando é de mais escola, é de mais hospital, é de mais livro, é de mais cultura", afirmou Lula.  

Na segunda-feira (9), Lula provocou Bolsonaro na Expominas, afirmando que os dias do atual presidente da República estão contados e que ele tem “medo de ser preso” caso perca as eleições deste ano, destacando que esse é o motivo que o faz questionar a confiabilidade do sistema eleitoral.  

“Bolsonaro, seus dias estão contados. Não adianta desconfiar de urna. Você tem medo de perder as eleições e ser preso depois”, afirmou o petista. 

Lula ainda disse que “não será uma eleição fácil”, mas que para isso é necessário ir para as ruas para derrotar as mentiras de Bolsonaro.   

 

Urnas confiáveis  

Nesta terça-feira (10), durante discurso em uma conferência sobre o Brasil e a economia mundial organizada pelo banco BTG em Nova Iorque, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), reafirmou a confiança na segurança do sistema eleitoral brasileiro, mas reiterou que é possível aperfeiçoá-lo e afirmou que o país precisa ter “tranquilidade política” nas eleições, ressaltando que as instituições são “fortíssimas”.  

"Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável. Precisa de ajustes? Precisa. Mas é importante que nós tenhamos tranquilidade política no pleito, e nós haveremos de ter. Como eu disse no início da nossa fala, as instituições brasileiras são fortíssimas, elas funcionam plenamente", disse Lira. 
 

Economia 

Arrecadação de ICMS sobre petróleo bate recorde.

Foto: Tiago Ghizoni/NSC
Foto: Tiago Ghizoni/NSC

 

Recorde de arrecadação 

Conforme dados preliminares do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que responde ao Ministério da Economia, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre petróleo e combustíveis bateu recorde nos quatro primeiros meses de 2022.  

Entre janeiro e abril de 2022, a arrecadação de ICMS foi de R$ 34,3 bilhões, apesar de não haver dados a respeito do mês de abril de 18 estados e do Distrito Federal ainda. Por enquanto, os estados do Acre, Amazonas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina e Sergipe deixaram disponíveis os valores da arrecadação.  

Essa é a segunda vez que o número ultrapassa os R$ 30 bilhões desde 1999 entre os meses de janeiro e abril.  

Confira a arrecadação do ICMS dessa mesma época nos últimos dez anos:   

  • 2022: 34,3 bilhões   
  • 2021: 30,4 bilhões   
  • 2020: 27,9 bilhões   
  • 2019: 28,8 bilhões   
  • 2018: 27,0 bilhões   
  • 2017: 25,0 bilhões   
  • 2016: 25,0 bilhões   
  • 2015: 22,0 bilhões   
  • 2014: 21,2 bilhões   
  • 2013: 19,2 bilhões   
  • 2012: 16,9 bilhões  

 

Internacional 

Guerra na Ucrânia: 44 corpos de civis são encontrados em prédio próximo de Kharkiv. Segundo chefe de espionagem dos EUA, Putin pretende prolongar a guerra. Macron propõe nova comunidade europeia - além da UE. 

Foto: Felipe Dana/AP
Foto: Felipe Dana/AP

 

Guerra na Ucrânia  

Cidades ucranianas, em torno de Kharkiv foram revistadas nesta terça-feira (10), após recuo das tropas russas na região. Em um dos prédios residenciais na cidade de Izium, 44 corpos foram encontrados na construção de cinco andares, segundo informou o governador da região, Oleh Synehubov. 

Izium está localizada em uma rota crucial na região industrial de Donbas, no leste da Ucrânia, onde a ofensiva russa está agora focada. Synehubov não especificou onde a propriedade estava localizada. 

Ainda durante o pronunciamento falou sobre cidades vizinhas a Izium, como Tsirkuny. 

"Há muitas casas destruídas, muitos prédios de escritórios, escolas. Há corpos, corpos de civis", disse ele. Os invasores nem levaram o corpo de seus próprios soldados, eles estão nas ruas, em casas particulares e assim por diante. Ainda temos muito trabalho a fazer para limpar tudo", disse o governador. 

 

EUA diz que Putin quer prolongar a guerra  

O governo dos Estados Unidos acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, está se preparando para um longo conflito na Ucrânia e uma vitória russa em Donbass, no leste do país, pode não encerrar a guerra, disse a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, nesta terça-feira (10). 

"Avaliamos que o presidente Putin está se preparando para um conflito prolongado na Ucrânia durante o qual ele ainda pretende alcançar objetivos além do Donbas", disse Haines aos legisladores. Ela acrescentou que Putin estava contando com a determinação ocidental de enfraquecer com o tempo e, à medida que o conflito continuava, havia preocupação sobre como ele se desenvolveria nos próximos meses.  

"Combinado com a realidade de que Putin enfrenta um descompasso entre suas ambições e as atuais capacidades militares convencionais da Rússia, provavelmente significa que os próximos meses podem nos ver seguindo uma trajetória mais imprevisível e potencialmente escalável", argumentou Haines. 

 

Nova comunidade europeia? 

O presidente da França, Emmanuel Macron propôs na segunda-feira (09) um novo tipo de “comunidade política europeia” que permitiria que países de fora da União Europeia (UE), incluindo a Ucrânia e o Reino Unido, se juntassem aos “valores centrais europeus”.  

A ideia foi citada em discurso ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no nordeste francês, no qual o líder recém-eleito deixou que uma eventual entrada da Ucrânia na UE demoraria e que, portanto, seria necessário fornecer a Kiev alguma esperança a curto prazo. 

"Mesmo se concedermos a ela [Ucrânia] o status de candidato amanhã, todos sabemos perfeitamente que o processo levaria vários anos, provavelmente décadas", afirmou. 
 

Saúde 

Atualização dos dados da Pandemia. Segundo OMS, política de ‘covid zero’ na China é insustentável.

 

Foto: Aly Song/Reuters
Foto: Aly Song/Reuters

 

Pandemia   

De acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) o Brasil registrou 20.143 novos casos de COVID-19, e 198 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A média móvel de óbitos nos últimos sete dias é de 99. No total, o país acumula 30.594.388 casos confirmados, e 664.390 óbitos por COVID-19.  

 

Covid zero é insustentável  

O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirma que a política Covid Zero, tentativa adotada pelo governo chinês para conter pandemia é "insustentável",  após conversa que teve com especialistas chineses. 

A estratégia foi adotada pelo governo chinês desde o início da pandemia e consiste em interromper barreiras de transmissão ao determinar quarentenas rígidas, bloquear ruas, testar em massa os cidadãos e transferir moradores infectados para centros de confinamento. 

 "Quando falamos da estratégia de 'covid zero', acreditamos que é insustentável, considerando-se a evolução atual do vírus e nossas previsões", disse Tedros em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça 

No final da semana passada, a China voltou a anunciar que mantinha a estratégia de ‘Covid Zero’, apesar da crescente insatisfação da população em Xangai, onde moradores confinados protestam batendo panelas nas janelas. 

No momento a China enfrenta a pior onda epidêmica desde a primavera de 2020 e segue aplicando a mesma política de quando o vírus sofreu mutação e se tornou muito mais contagioso do que a cepa original detectada no país em 2019.  

 

Cultura 

Show de Avril Lavigne em São Paulo, em setembro. Balenciaga lança tênis com aparência de destruído e vira meme. Elon Musk diz que vai reverter proibição de Trump. 

 

Foto: Reprodução/Instagram @avrillavigne
Foto: Reprodução/Instagram @avrillavigne

 

Avril Lavigne em SP 

A cantora Avril Lavigne anunciou em seu perfil no Instagram que fará um show em São Paulo no mês de setembro, durante sua turnê Love Sux. A apresentação será no dia 7 de setembro, no Espaço das Américas, dois dias antes da participação da cantora no Rock In Rio. 

A venda geral dos ingressos inicia no dia 16 de maio, no site da Eventim e na bilheteria oficial. Os preços variam de R$ 301 (meia entrada por R$ 150) a R$ 731 (meia entrada por R$ 365). 

 

Tênis destruído por R$ 10 mil? 

A Balenciaga causou polêmica após o lançamento de um tênis com aspecto sujo e envelhecido, que custa na faixa de 10 mil reais.  

O tênis lembra o clássico Converse Chuck Taylor, mas com tecido rasgado, marcas de arranhões e desgaste na borracha, além do nome Balenciaga rabiscado no solado. Desenhado por Demna Gvsalia, o sapato está disponível nas cores preto e branco. De acordo com a marca, a ideia é sugerir que o tênis Paris é "destinado a ser usado por toda a vida". 

A grife é conhecida por possuir um marketing digital de excelência por lançar itens que causam estranheza ou incômodo, o que faz com que as pessoas comentem e gere engajamento para a marca. Com esse novo lançamento, foi exatamente isso que ocorreu, e o tênis virou meme nas redes sociais. 

 

Trump de volta ao Twitter 

Elon Musk comentou nesta terça-feira (10) que poderia reverter o banimento de Donald Trump do Twitter, já que, segundo Musk, "houve um erro da plataforma ao agir dessa forma em relação a Trump”. 

“Eu reverteria a suspensão permanente [de Trump]", disse Musk em conferência do Financial Times. O bilionário também comentou que a transação com o Twitter ainda não foi concluída. 

O ex-presidente dos EUA foi banido do Twitter após seus apoiadores invadirem o Capitólio americano em janeiro de 2021 para questionar a vitória de Joe Biden na eleição presidencial. O Twitter apontou que Trump foi suspenso devido ao risco de incitação à violência. 

 

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