Nigéria e Irlanda se enfrentaram na segunda-feira (31), em Brisbane, na Austrália, em um jogo fraco que terminou em 0 a 0 e encerrou a terceira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. Na disputa, as nigerianas garantiram a classificação para as oitavas de final e as irlandesas, que entraram em campo já desclassificadas, marcaram seu único ponto no campeonato.
As Super Falcons jogam sua nona edição da Copa do Mundo, mas é a terceira vez que avançam da fase de grupos. Em 1999, foram eliminadas pelo Brasil nas quartas de final e em 2019, perderam para as alemãs nas oitavas. A Nigéria tem surpreendido positivamente nesta edição, mesmo com duras adversárias, segue invicta para a próxima fase após dois empates, contra Canadá e Irlanda, e uma vitória sobre a anfitriã Austrália.
As duas seleções tiveram dificuldade de movimentação para infiltrar na defesa adversária. Mesmo com a posse da bola, as jogadoras pecaram na criatividade para a construção das jogadas ofensivas que buscavam tirar as zagueiras da zona de conforto. A disputa correu com poucas chances criadas e nenhuma das equipes conseguiu levar perigo ou sequer balançar a rede oponente.
A Nigéria manteve-se apagada durante a partida. Embora as atacantes tenham buscado chances de finalizações, a seleção entregou muito menos do que o esperado pelo desempenho nos jogos anteriores. No duelo de ontem, as nigerianas não conseguiram impor velocidade na bola, não aproveitaram taticamente das suas rápidas atacantes e ousaram pouco nos lances pelas laterais, que levaram aos gols marcados sobre a Austrália na última disputa.
Randy Waldrum apostou no esquema 4-2-3-1 para organizar a equipe africana. Oshoala, Kanu, Ajibade e Payne formaram o “quadrado mágico” do ataque da Nigéria. Nos jogos anteriores ficou claro o entrosamento das atacantes, mas contra as irlandesas, a mágica não teve efeito para marcar gols, somente para passes errados e cruzamentos perdidos.
A Irlanda entrou em campo com a formação 3-4-3, adotada desde o início do campeonato pela técnica Vera Pauw.
Após cinco minutos do início do jogo, McCabe teve a primeira oportunidade de abrir o placar a favor da Irlanda. A camisa 11 e principal atacante da seleção irlandesa tentou finalização com chute forte de fora da grande área, mas a bola apenas tirou tinta da trave. A artilheira foi destaque na partida contra o Canadá por marcar o primeiro gol olímpico desta edição.
Aos treze minutos, a Super Zee levou perigo para a zaga da Irlanda. Kanu recuperou a bola após passe mal feito pela zaga irlandesa e encontrou Oshoala livre da marcação. A camisa 8 venceu a disputa com Quinn, tentou finalização com chute cruzado, mas a bola foi para fora.
Destaque nos jogos anteriores, a goleira Nnadozie brilhou também no duelo contra a Irlanda. Nos últimos 10 minutos do primeiro tempo, McCabe fez passe para Carusa, que cabeceou a bola de dentro da pequena área, mas foi surpreendida pela defesa da capitã nigeriana.
As equipes voltaram para o campo sem alterações no elenco. As nigerianas passaram a ser as mandantes do jogo, a partir da criação de lances ofensivos melhor construídos. Aos 51 minutos da partida, Payne fez um cruzamento para Kanu que estava na pequena área. A atacante cabeceou para o gol, mas a goleira Brosnan fez uma defesa brilhante.
Depois do primeiro grande lance ofensivo da Nigéria, a equipe africana cresceu na disputa. Brosnan foi nomeada a melhor jogadora da partida pela FIFA em razão das notáveis defesas deste segundo tempo. A Irlanda se despediu do Mundial feminino sem vitórias, tendo marcado um gol olímpico e com goleira reconhecida pela Federação Internacional de Futebol.
Nigéria e Austrália se classificaram para a próxima fase do campeonato. Canadá e Irlanda confirmaram vaga na lanterna do grupo. Nas oitavas de final, as nigerianas enfrentarão a líder do grupo D, Inglaterra.