Isabela Gama,18, e João Pedro Vidal,19, de São Bernardo do Campo, começaram a namorar há seis meses já durante o isolamento social. “Foi muito doido, porque eu passei a ter uma companhia, sem ser só os meus pais”, disse Gama. “Também não ficamos reclusos só na minha casa, eu ia na casa dos pais dele, o que foi bom porque sem me expor muito eu tinha contato com outras pessoas”.
Isabela conta que de certa forma a situação atual ajudou o relacionamento, já que sem ela Vidal estaria morando em Franca, onde cursa direito na Unesp “Se não fosse a pandemia, ele estaria morando no interior. Não nos veríamos com tanta frequência, ia ser mais difícil”.
Gama ainda diz que não poder ir à muitos lugares durante esse período é triste porque eles não conseguem aproveitar muitas coisas, mas que isso os aproximou “Nós gostamos muito de viajar e não dá para fazer isso agora, então nosso namoro se resume a um ir à casa do outro, ver filmes. Mas a gente tem mais tempo disponível para namorar, ficar junto, as vezes ele traz as coisas da faculdade para fazer aqui e um ajuda o outro, isso nos aproximou bastante, então é legal.
Kalista Cortés,19, e Luca Izzo,17, de Taubaté, assim como Gama e Vidal, começaram a namorar durante a quarentena. Para Cortés o começo foi bem difícil “Principalmente pela impossibilidade de ver ele com frequência e o medo de pegar o vírus, isso nos distanciava e muitas vezes acabamos nos desentendendo por parecer falta de interesse".
Para Kalista o fato de não poderem sair para muitos lugares foi em alguns aspectos bons e em outros ruins “Obviamente eu queria ir ao cinema e fazer coisas de casal, mas ficar com ele em casa não me incomoda em nada. Ter um espaço só nosso, se divertindo com coisas mais simples, nos conectou mais rápido”.
Cortés ainda conta como a quarentena influenciou no término do seu último namoro que durou quase três anos e chegou ao fim no começo da pandemia “Com a falta de costume de ficar em casa e tendo que praticamente morar com a pessoa, você acaba conhecendo lados que incomodam. Conheci e vi coisas que se não fosse pelo confinamento, eu ainda estaria em um relacionamento ruim e poderia até estar morando com ele hoje”.