Felipe de Oliveira Santos (17) teve uma infância agitada. Ele, que é estudante de jornalismo da PUC – SP, teve graves problemas de saúde, como uma meningite bacteriana que adquiriu ainda cedo, com três semanas, e quase o levou à morte. “Tive 40º de febre, e isso com nem um mês de vida, não sei como não morri”. A meningite bacteriana é, em sua totalidade, a inflamação dos tecidos que recobrem o cérebro e a medula óssea, através de uma bactéria. Em suma, causa dores de cabeças e febres fortíssimas.
Oliveira descreve a convivência com seus familiares como muito boa. Ele morou em casa compartilhada na Zona Sul e, durante muitos anos, não houve algum tipo de problema. Contudo, não era difícil terem brigas, de diversos tipos, como não pagarem a mesma conta de luz, água e até questões envolvendo terreno. Após a morte da avó, não sabiam como dividir o espaço entre os familiares, causando uma separação por um certo tempo entre eles. Entretanto, o ambiente ajudava em diversas situações, e nunca havia qualquer sensação de vazio.
O estudante passou por cinco diferentes escolas, sendo o Colégio Adventista em que Felipe descreve o mais complicado em muitos aspectos. Desde o ensino, que, em suas palavras, é “mediano”, além das barreiras relacionadas à não utilização de certas roupas e acessórios. Inclusive, foi na mesma escola que sofreu um acidente de trânsito “Com oito anos, enquanto estava atravessando a rua, não olhei para os lados, achei que não havia nenhum carro na pista, porém, uma moça deu ré com o carro, e, logo depois do impacto, já desmaiei. Quando acordei, estava com a roda em cima do braço”
Sua transição para a Universidade, no entanto, superou as expectativas. Acostumado com o modelo da escola do Ensino Médio havendo provas toda semana e matérias que não utilizaria no futuro, eram um dos pontos que incomodavam Oliveira no geral. Mas, ao entrar na Pontifícia Universidade Católica, em São Paulo, se surpreendeu pelas atividades, disciplinas e métodos de seu curso, o Jornalismo. Continuamente, a área esportiva é seu desejo. Trabalhar, principalmente, com o futebol, é um sonho que cada vez mais vai se tornando realidade