Por Pedro Alcantara da Silva Neto
Que a tecnologia está envolvida no esporte não é novidade! Mas você já parou para pensar o quanto isso influência para o crescimento das modalidades e dos atletas?
O universo esportivo é um lugar que conta sempre com avanços tecnológicos. A cada ano que passa, as modalidades e os atletas são mais exigidos. E com isso, precisam de ajustes para ajudar a melhorar o desempenho. Esses ajustes vem através de técnicas, acessórios e objetos feitos exclusivamente para as modalidades, além dos dados e estatísticas fornecidas.
A esgrima, por exemplo, é de longe um dos esportes mais avançados no uso de tecnologia. Começando pelas espadas dos atletas que tem um sensor na ponta indicando quando o adversário foi atingido. Esses sensores são extremamente importantes, já que eles decretam a pontuação. As roupas dos atletas contém uma malha de fios elétricos, que permitem saber se ele sofreu o golpe.
Vale lembrar que esses sensores são conectados em rede WI-FI, possibilitando os atletas a treinarem, e praticarem sem a malha, tendo mais liberdade e eficácia para realizar os movimentos.
O campeão paralímpico de esgrima, Jovane Guissone diz que: “Por causa da tecnologia a esgrima hoje é um dos esportes mais seguros, as empresas que fabricam como a Allstar sempre buscam melhorar a tecnologia dos tecidos que são feitas as roupas e lâminas, para assim melhorar o conforto, segurança e também o desempenho do atleta.”
O atleta, que foi medalhista nas olimpíadas de Londres (2012) e Tóquio (2020) afirma: “Acredito que a esgrima está em constante evolução como esporte, e a tecnologia acompanha está evolução. Neste período, por exemplo, as roupas se tornaram mais flexíveis e leves, sem perder a segurança. Existem diferentes componentes sendo criados todo o tempo, buscando sempre melhorar seu peso ou durabilidade”, completa
Jovane ainda cita a importância da tecnologia para os atletas paralímpicos:
“Ela auxilia os atletas desde seu treinamento até o desenvolvimento de próteses, que possibilitam os atletas a poderem competir adaptando as armas de acordo com a limitação do atleta.” Mudando de modalidade, podemos pensar na natação, onde os atletas contam com câmeras instaladas no fundo da piscina, que servem para analisar os movimentos, gerando uma possível correção nas falhas cometidas. Além de melhorar o desempenho do nadador, o prepara para campeonatos.
Vale ressaltar os sistemas de chegada milimétricos, que dão resultados assertivos, ajudando os árbitros a ver quem ganhou a prova.
Ainda sobre o meio aquático, podemos falar sobre o nado sincronizado. Que além das câmeras, conta com caixas de som nas piscinas, para que os atletas possam ouvir a música e realizar as movimentações. Isso sem contar os maiôs com proteção térmica, que quebram o atrito e facilitam os movimentos.
Seja individualmente, ou coletivamente, a tecnologia sempre caminhará com o esporte.
E isso não seria diferente com o futebol. No esporte mais visto do país, os jogadores usam coletes com GPS que medem as distâncias percorridas, intensidade e o deslocamento nos jogos e treinos.
Esses equipamentos são indispensáveis atualmente, já que, além de detectar a possibilidade de problemas físicos, eles ajudam os preparadores a passarem treinos individuais, conforme o que precisam melhorar.
Esses avanços não trazem só melhoras para os atletas, mas também trazem para a modalidade. Outro ponto que vale ser destacado, é o uso do Árbitro de Vídeo (VAR), que é uma ferramenta que serve para decretar os lances que devem ser corrigidos. Esse dispositivo é comandado por árbitros assistentes, e foi revolucionário no futebol. Apesar de seu uso ser muito discutido no Brasil, em outros países é um sucesso.
Enquanto a tecnologia evoluir, certamente o esporte evoluirá, assim, sempre gerando novos recordes, expectativas e conforto para os atletas.