Por Marcela Foresti
A pandemia certamente mudou a vida e os hábitos de consumo de todos. Marcas precisaram modificar sua abordagem e até seus produtos, para se adaptar às novas necessidades vindas com este período.
No mundo da moda, o modo virtual, uma tendência que começou antes da pandemia e era pouco conhecida, ganhou forças nesse contexto e se tornou favorita de muitos que ainda queriam ter novos looks mesmo sem sair de casa.
A tendência é inspirada nos videogames e os modelos são feitos em softwares específicos e vendidos a preço de looks normais chegando a custar R$1.000. Algumas marcas proporcionam até desfiles virtuais para apresentar as novas criações.
As peças são vendidas virtualmente e enviadas ao e-mail do consumidor, assim ele pode baixar o modelo e usar em suas fotos sem precisar ter a peça da forma convencional.
O conceito basicamente funciona assim: o consumidor manda fotos dele no e-mail da marca e esta faz o desenho da peça em cima das fotos. Os modelos são exclusivos e contam com roupas e sapatos que trazem os selos que comprovam a exclusividade.
As grandes marcas acreditam que este será o futuro da moda, já que para eles é um modo sustentável de manter a alta costura e ainda dá abertura para que a peça possa ser produzida depois para o consumidor na versão tradicional.
A estilista Suely dos Santos Galdino dona da marca Feira Moderna explica que esta forma de produzir moda já existia e era usada um tanto mais na Europa. “Isto cresceu com a pandemia, mas acredito que veio para ficar.”, conta.
Assim como ela, a também estilista Veruska dos Reis Conceição dona da marca Vená, acredita que este processo vai contra o fast fashion e ajuda na sustentabilidade, já que evita peças paradas no estoque. “Trabalhei muito tempo no bom retiro em SP e fico escandalizada com a quantidade de peças paradas no estoque, mas com a produção a todo vapor.”, conta.
Esta forma de produzir moda ainda está criando seu espaço e tende a crescer cada vez mais, afinal a moda se ajusta a todas as formas de tecnologia.