MEDITAÇÃO E YOGA COMPLEMENTAM AÇÕES DE EMPRESAS DURANTE PANDEMIA

A multinacional Bayer vem criando atitudes diferentes para proteger e cuidar de seus funcionários, enquanto escola em Pinheiros diminui jornada de trabalho para mães.
por
Paula Moraes
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23/06/2020 - 12h

  A empresa, que fabrica produtos essenciais, vem proporcionando um diferencial para seus funcionários, de todas as áreas, em meio à pandemia. O comitê de crise da empresa ofereceu a oportunidade dos funcionários usufruírem de sessões semanais de meditação e yoga via online para ficarem mais calmos.

foto da ligia
Ligia Correa

            A gerente de recursos humanos da empresa, Ligia Correa (57), diz que essa ideia veio do comitê de crise, como uma maneira de aliviar os funcionários do grande estresse causado pela pandemia. ”Constituímos um comitê de crise local, e um nacional, com profissionais da área de saúde, segurança e RH. Este comitê define as políticas de segurança, distanciamento social, produtos e metodologias de cuidado com os trabalhadores para todo o Brasil”.

            A maneira escolhida para fazer essas aulas foi através de reuniões no Zoom. Nessas reuniões semanais, o funcionário entra em uma sala criada pelo aplicativo, lá uma profissional contratada pela empresa orienta as maneiras corretas de se fazer meditação e como fazer as posturas da yoga de maneira correta.

            A forma de divulgação dessas reuniões foi através de boletins de comunicação enviados diariamente para todos os funcionários. Neles contêm, além dos links das reuniões, as diretrizes de seguranças adotadas e atualizadas pela empresa, decisões sobre a continuidade da quarentena e, inclusive, avisos de casos confirmados na empresa, sem expor os nomes dos funcionários.

            Outro auxílio disponibilizado pela empresa foi um ambiente de rodas de conversa, com temas variados para cada semana. “A empresa percebeu a maneira que o dialogo melhora o desempenho dos funcionários, nessas reuniões os temas vão de troca de experiências sobre como conciliar o trabalho e cuidar dos filhos até aprender a liderar o seu time através do home Office.”

Além disso, foi reforçada a existência da consultoria de suporte psicológico, disponibilizada para todos os funcionários da empresa. “Esta consultoria já existia antes, mas esta sendo reforçada a sua importância desde o inicio da quarentena, para que nenhum funcionário que precisa de ajuda fique sozinho nesse momento”.

Uma situação não muito diferente vem acontecendo na escola Avenue São Paulo, em Pinheiros. A instituição foi a primeira a ter casos confirmados de COVID-19 entre os alunos, e já no dia 09 de março decidiram acabar com as aulas e partir para o sistema EAD.

A professora assistente, Joana Farias (31), do nursery (alunos de 3/4 anos) comenta sobre esse momento “Não tínhamos ideia do que estava por vir quando saímos sexta-feira (6), o caso foi divulgado para a escola apenas no final de semana e a confirmação da decisão da escola para a ida ao ead foi anunciada na segunda (9).”

Farias conta que as primeiras duas semanas foram as mais complicadas até então. “Chegamos a trabalhar fora do horário para organizar aulas didáticas e atrativas para crianças, nunca tínhamos preparado aulas estilo ead antes, exigiu muitas reuniões com as outras professoras do ano e ajuda da orientadora para que tudo desse certo.” Depois do primeiro mês, a escola providenciou uma psicóloga para atendimento online via Zoom.

Além disso, o maior diferencial da empresa para cuidar de seus funcionários foi à suspensão no desligamento de funcionários até agosto de 2020. “A escola sempre teve uma comunicação muito boa entre diretores com os professores e pais de alunos, com emails semanais foi anunciado que nenhum funcionário seria demitido, e nem os salários seriam reduzidos, para garantir que nenhum funcionário passe por dificuldades financeiras nesse momento.”

Outra ajuda da empresa foi em relação às professoras que também são mães. A escola passou a flexibilizar os horários de trabalho, possibilitando que essas professoras passem a começar a gravar as aulas e criar material didático às 9 horas da manha, em vez das 6 horas e meia como é normalmente, dessa maneira viabilizando para essas professoras um momento para elas se assegurarem que seus filhos estão alimentados e prontos para começarem suas aulas online.

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