MASP amplia acesso com gratuidade

Ingressos grátis e nova expansão do museu aproximam público dos espaços culturais da cidade.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
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15/05/2025 - 12h

 

Às terças e, mais recentemente, às sextas-feiras após as 18h, o MASP oferece entrada gratuita ao público. A medida, parte de uma política mais ampla de acesso, tem atraído visitantes com perfis variados, desde turistas e estudantes até trabalhadores que aproveitam o fim do expediente para visitar o espaço. A proposta é estimular novos hábitos culturais e tornar a arte acessível em diferentes horários, inclusive fora do circuito tradicional de visitação.

Segundo Julia Bastos, comunicadora do MASP, mais da metade do público anual entra no museu por meio de algum tipo de gratuidade. Além dos dias livres, o museu garante entrada gratuita diária para idosos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, professores e estudantes da rede pública. Ela afirma que essa abertura contribui para tornar a programação mais inclusiva, refletindo um compromisso constante com a diversidade e o acesso. “A gratuidade sempre foi muito importante para atrair diferentes perfis de visitantes e tornar o museu mais acessível para todos”, diz.

 

Julia Bastos, comunicadora do MASP, diante a reabertura do espaço comum no vão livre do museu
Julia Bastos, comunicadora do MASP, diante a reabertura do espaço comum no vão livre do museu

Neste ano, a gratuidade nas noites de sexta ganhou o nome de “Sextou no MASP” e, de acordo com Julia, tem atraído pessoas que buscam um momento de pausa e lazer ao final do dia. Ela destaca que o movimento reforça o papel do museu como espaço de convivência e circulação de ideias, conectando arte com o cotidiano.

A expansão do MASP com o edifício Pietro Maria Bardi também tem reforçado essa política de acesso, ao permitir a exibição de mais obras do acervo, antes não acessíveis ao público. A nova ala abriga ainda espaços para restauração, performances e eventos, o que amplia a diversidade de atividades disponíveis e favorece visitas mais segmentadas. Visitantes que costumam frequentar o museu nos dias gratuitos, como a artista e escritora Camila Gregori, têm aproveitado essas possibilidades para retornar ao museu em diferentes ocasiões ao longo do ano, impulsionadas tanto pela programação quanto pela ausência de barreiras de entrada.

 

Camila Gregori, artista e escritora, visita o anexo Pietro Maria Bardi

Para Camila, a gratuidade interfere diretamente na composição do público. “Nesses dias, dá para perceber uma mistura maior de pessoas, de diferentes contextos sociais. O ingresso de 75 reais não é acessível para todo mundo”, afirma.

Combinando uma política de preços acessíveis, expansão de espaço e curadoria alinhada a temas contemporâneos, o MASP tem investido em estratégias que consolidam seu papel como instituição cultural. As iniciativas de gratuidade são parte essencial dessa proposta, oferecendo caminhos concretos para a democratização do acesso e a ampliação dos públicos nos museus brasileiros.

 

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