LAPSIT traz debate sobre a luta antimanicomial

Alunos de Psicologia da PUC-SP expõe trabalho sobre a história e a problemática dos manicômios
por
Ana Luiza Pires
Artur Maciel Rodrigues
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18/05/2023 - 12h

[Foto:Visitante lendo sobre a exposição. Foto: Ana Luiza Pires]

 

A Liga Acadêmica de Psicologia Social do Trabalho (LAPSIT) montou uma exposição para dar destaque à luta antimanicomial, comemorada no Brasil neste dia 18. 

Organizado no campus Perdizes da PUC-SP, o trabalho ficará exposto até segunda-feira, no primeiro andar do "prédio novo" (entrada da rua Ministro Godói). 

Protestos contra a lógica manicomial ocorrem no Brasil há mais de um século, com autores renomados criticando sua existência e estudos afirmando sua ineficiência. Sua existência, ainda que alterada, surpreende em 2023.

Os manicômios tradicionais se utilizavam de trabalho escravo, tortura psicológica, confinamento solitário, dentre outras práticas cometidas nesses locais. Comumente atribuídos aos "loucos", estes eram indivíduos que fugiam da conjuntura daquele momento, como a comunidade LGBTQIA+, grupos feministas revolucionários, dentre outros.

Durante o fim da década de 1970, esses institutos foram questionados por trabalhadores e sobre a sua moralidade por psicólogos e psiquiatras além de ex-pacientes e o movimento antimanicomial surgiu. Com o encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental e a primeira Conferência Nacional de Saúde Mental em 1987, em Brasília, a data, 18 de maio, foi dita como o "dia da luta Antimanicomial"

Complementando o debate acerca do tema, nesta sexta-feira, 19, o CAPSI promoverá uma mesa com a questão: “Por que a luta antimanicomial deve ser uma luta anticapitalista?”. O evento está marcado para às 13h30. 

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Para Dora Affonso, membro da LAPSIT, apesar da história de resistência, o tema não é discutido como deveria e a exposição traz isso à tona. Com indicações de filmes e livros, a montagem é dinâmica e conta com a apresentação de fotografias representando a loucura, feitas pelos próprios alunos do curso de Psicologia.