Em seu terceiro ano do ensino médio, em 2021, Yasmin Caoduro Solon, 17, viu-se confusa ao se deparar com a diversidade de cursos para prestar em vestibulares, ‘’eu estava estudando para as provas e não tinha noção para qual curso iria prestar’’ declarou Solon. Foi após pesquisar sobre livros e casos investigativos que o interesse pelo curso de jornalismo foi despertado e a incitou iniciar o curso, conta a atual aluna da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
‘’Eu nunca tinha pensado em jornalismo, acreditava que a área se limitava ao Jornal Nacional, e essa parte nunca me interessou’’. Solon conta que pensava ser botânica ou professora de dança, mas foi durante o ensino médio que ela se interessou por áreas do curso de direito: ‘’pensei em ser perita criminal, juíza, delegada ou promotora’’. A advocacia nunca a interessou já que seus pais, Alexandre Mariani Solon e Daniela Caoduro Solon são advogados.
Foi com a ajuda da família e de amigos que Solon descobriu que se interessava pela parte investigativa do direito, ‘’eu não queria fazer justiça como um delegado ou trabalhar na Polícia Civil, eu queria investigar e desvendar sobre os casos essa era a parte que mais me interessava’’. Foi nesse momento que ela entrou em conflito com qual curso prestar para o vestibular.
Seu pai lhe introduziu o jornalismo investigativo e apresentou o livro-reportagem ‘’Rota 66’: A história da polícia que mata’’ de Caco Barcellos, que documenta a abordagem violenta e errônea dos policiais militares na cidade de São Paulo.
Com um maior interesse pelo assunto, Solon decidiu ser inscrever para o curso de jornalismo em universidades públicas, que era seu único interesse, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (UNESP). A estudante chegou a passar para a segunda fase do vestibular da UNESP, porém não conseguiu a aprovação em nenhuma pública. Foi quando a sua mãe começou a receber propaganda de universidades particulares e incentivou a filha a prestar prova para a Pontifícia Universidade Católica e a Universidade Presbiteriana Mackenzie. ‘’Eu relutei para prestar as particulares pois queria somente pública, mas acabei prestando e passei nas duas particulares’’ declara Solon. Como a PUC-SP é uma das faculdades mais bem conceituadas no ranking do Brasil, principalmente no curso de jornalismo, a estudante decidiu se matricular e iniciar o curso na área que tinha recentemente lhe interessado.
‘’Agora eu estou em uma particular, fazendo um curso que eu nunca tinha pensado anteriormente de última hora’’, ironiza a atual estudante de jornalismo. Por mais que Salon declare ainda estar um pouco apreensiva com sua escolha, ela está adorando fazer o curso estudando na PUC-SP e espera conseguir seguir na área de jornalismo investigativo que tanto lhe interessa. ‘’Agradeço minha mãe por ter insistido em prestar o vestibular e meu pai por falar do jornalismo investigativo para mim, pois estou gostando muito de tudo.’’, diz Yasmin Solon.