Jamaica e Brasil se enfrentaram pela última rodada do Grupo F da Copa do Mundo Feminina, na madrugada desta quarta-feira (02), no Melbourne Rectangular Stadium, na Austrália.
Ansiosa, apática e desconexa, essa foi a seleção brasileira que se apresentou na Copa do Mundo, para a última partida da fase de grupos, que valia a permanência do time na competição.
O Brasil, bem verdade, frequentou o campo de ataque a partida inteira, não tomou sustos. Salvo em raras exceções que o torcedor brasileiro prendia a respiração, em contra-ataques de Khadija Shaw, todos rapidamente rechaçados por Rafaelle e Kathelen, e fizeram uma partida segura.
Mas os elogios acabam por aqui.
A seleção precisava da vitória e sentiu a pressão pelo resultado a cada minuto de jogo. Os 73% de posse de bola e as 11 finalizações a gol não refletem o quão longe o Brasil esteve de abrir o placar contra as jamaicanas.
Foi como vimos no primeiro tempo contra a França, as jogadoras estavam desconexas, como mesmo disse Pia naquela oportunidade.
A sueca deixou muito a desejar na Copa e merece as críticas que vem recebendo. Ela ousou ao começar com a maior de todos os tempos, Marta, para esse jogo. Vale ressaltar que Marta não foi o principal dos problemas da seleção.
Outros erros que Pia cometeu impactam nessa eliminação precoce, como o uso de apenas duas meio-campistas o que fez com que o Brasil perdesse todos os embates no setor, tanto contra França e Jamaica. A insistência em manter Luana, que mesmo na vitória contra o Panamá não havia performado bem como suas companheiras, ou a saída de Bia Zaneratto, que foi um pilar de sustentação contra o Panamá, mas não foi titular nos dois últimos jogos.
A discussão se Sundhage deve ou não continuar à frente da seleção ainda deve ter muito espaço, porém, na Copa, a técnica precisa ser responsabilizada pela eliminação.
O Brasil encerrou sua participação de forma melancólica, sem dar um título para nossa Rainha. Mas é importante não desistirmos da nossa seleção feminina. O trabalho precisa continuar e as outras seleções estão se fortalecendo. Precisamos continuar o nosso processo para que possamos colher os frutos no futuro.