Its not coming home, acaba o sonho inglês

Em grande jogo, seleção inglesa sucumbe diante da atual campeã.
por
Gabriel Cordeiro
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13/12/2022 - 12h

No sábado (10), às 16h, as seleções de França e Inglaterra se enfrentaram pelas quartas de final da Copa do Mundo, um confronto que certamente entrou para a história. Um jogo que todo amante de futebol adoraria, com elementos dignos de literatura, dois países historicamente rivais se enfrentariam pela primeira vez em um mata-mata. E o jogo não deixou a desejar com heróis, vilões, polemicas, reviravoltas e é claro muita emoção.

As seleções foram a campo sem alterações em relação a seus últimos jogos, e na equipe de arbitragem, um velho conhecido por nós brasileiros, Wilton Pereira Sampaio - guarde este nome.

Logo no começo, aos 17 minutos o placar já foi aberto pelo jovem Aurelien Tchouaméni, com um chute forte de fora da área, se tornando o primeiro herói do dia e dando vantagem a seleção francesa. Gol este que não foi isento de polêmica, os jogadores ingleses reclamaram de uma falta em Bukayo Saka na origem da jogada.

As polêmicas no primeiro tempo não iam parar por aí, o atacante Harry Kane também foi derrubado na grande área, mas de acordo com o VAR o lance foi legal. Os ingleses seguiram pressionando no primeiro tempo, mas pararam no goleiro Hugo Lloris que realizou duas grandes defesas em chutes de Harry Kane, fazendo com que o primeiro tempo se encerrasse com vantagem para os franceses.

Aurelien Tchouameni went on to fire the French into the lead

Tchouameni comemorando o gol marcado (Foto: Getty Images)

O segundo ato desta história ainda teria muito mais emoções para ambos os lados. Aos 9 minutos, o autor do gol francês, Tchouaméni, derrubou Bukayo Saka na área, e o juiz marcou pênalti para os ingleses. Harry Kane foi para a cobrança e converteu, empatando o jogo e também se igualando ao histórico jogador Wayne Rooney em número de gols pela seleção inglesa. Kane ia escrevendo uma linda história no confronto.

Os ingleses seguiram pressionando e sufocando os franceses, com Bukayo Saka dando muito trabalho para o lado esquerdo francês, e o plano para “anular” Kylian Mbappe, o artilheiro da Copa, parecia estar dando certo, com o lateral Kyle Walker fazendo uma excelente partida defensivamente, mas os franceses reagiram.

Em um cruzamento, Olivier Giroud quase marcou para os franceses, mas parou no goleiro Jordan Pickford. Minutos depois, outro cruzamento, dessa vez feito por Antoine Griezmann, e Giroud não perdoou, deixando os franceses em vantagem novamente aos 32 minutos.

O jogo ainda guardaria mais emoções. Aos 36 minutos o lateral francês Theo Hernández empurrou Mason Mount dentro da área, e Wilton Pereira Sampaio, com auxílio do VAR, marcou a penalidade máxima. Harry Kane de novo teria a missão de cobrar a penalidade, podendo assim ser o maior artilheiro da seleção inglesa de maneira isolada e ainda manter o sonho inglês.

Porém, o futebol é cruel, Kane desperdiçou a cobrança chutando para fora, aquele que poderia ter atingido o clímax, acabou como o vilão da eliminação. A batalha se encerrou com a vitória da atual campeã França, em um jogo digno da poesia que é uma Copa do Mundo.

 Qatar World Cup: England eliminated after quarter-final defeat by holders France |  UK News

Kane desolado após a derrota (Foto: UK Daily News)

Mesmo com a derrota, o futebol apresentado pelos comandados de Gareth Southgate foi muito bom, com muitos momentos sendo superior a França. A Inglaterra cai de cabeça erguida, com uma geração ainda muito jovem, que conta com Phil Foden (22 anos) e Bukayo Saka (21 anos) como destaques nas pontas, com Saka sendo o artilheiro do time na competição junto com Marcus Rashford, ambos com 3 gols.

O meio campista Jude Bellingham (19 anos) foi um dos melhores jogadores da competição, e ainda conta com mais alguns anos em alto nível de Harry Kane (29 anos), que mesmo tendo saído como vilão, jogou um bom futebol durante a competição e é um dos melhores atacantes do mundo. Com o foco agora sendo na próxima Euro Copa, o futuro ainda da esperança para os Three Lions, quem sabe em 2024 o futebol não voltará para casa?