Os festivais de música são uma forma de entretenimento que vem se tornando grandioso a cada ano. Rock in Rio, Lollapalooza, The Town, Tomorrowland, são grandes exemplos que procuram trazer para o público a música, diversão e tecnologia. Sempre inovando, a indústria do entretenimento procura se reinventar trazendo novidades para uma experiência única ao público. No século da tecnologia marcado por celulares, redes sociais e inovações, a organização dos maiores festivais busca se encaixar nesse padrão. Com pontos de carregamento para smartphones, aplicativos em tempo real, ativações publicitárias e transmissões ao vivo, os eventos se tornaram mais confortáveis e adaptáveis à realidade da atual sociedade.
No Rock in Rio 2022, por exemplo, foi criado um aplicativo do festival que possibilitava os presentes no evento acessassem informações em tempo real com os horários dos shows do dia, o palco indicado, ferramentas exclusivas aos PCDs, horário de chegada e saída dos ônibus do evento, marcas parceiras e agendamento das atrações extras. Esse aplicativo se tornou tendência entre os festivais, pela fácil acessibilidade e modernidade. Já nos shows, os artistas procuram a cada ano inovar em suas apresentações com novidades tecnológicas e multissensoriais. “Eu vejo que esse tipo de show com experiências visuais e sensoriais tem conquistado cada vez mais o público. O fato de o artista interagir com a plateia de formas diferentes acaba gerando uma maior conexão ali. As experiências sem dúvidas são únicas e inesquecíveis, mas acaba deixando uma expectativa ainda maior de surpreender nas próximas apresentações” conta para a AGEMT, a assessora de imprensa Maria Fernanda Moog, que trabalha com artistas como Alok, Claudia Leitte, Matuê e Vitão.
Durante a passagem ao Brasil, a banda britânica Coldplay esgotou os ingressos do Rock in Rio do dia 10 de setembro de 2022 e entregou ao seu público um show personalizado que contava com pulseiras de led programas para mudar de cor de acordo com as batidas das músicas. Eles são pioneiros nesse tipo de tecnologia que envolve o público durante toda a apresentação.

O show de Alok na primeira edição do The Town contou com mais de 42 máquinas de lasers, batendo o recorde de maior quantidade de máquinas em um show. Além disso, ele também utilizou drones especiais para formar projeções no céu causando impacto no público e na imprensa, considerado um dos melhores shows do dia. "Quando se oferece uma experiência diferenciada para o público chama muito mais atenção da imprensa e, consequentemente, dos compradores. Porém, quando o artista já traz o mesmo formato de show há um tempo, acaba sendo mais do mesmo na divulgação, então neste caso, o ideal é divulgar em formato de turnê, falando sobre todas as praças que serão atendidas e os diferenciais dessas apresentações", explica Moog.
A grande tendência deste ano, a inteligência artificial, já está começando a ser utilizada em shows. No The Town ela marcou presença na apresentação do rapper Matuê em que a voz de sua avó, a poeta Núbia Brasileira, foi recriada através da IA para recitar seus poemas e conselhos. Para concluir, essa projeção foi utilizado uma base de gravações antigas para colocar sua voz de volta à vida com base no tom de voz e emoções ao falar, ficando o mais fiel possível a voz real de sua avó.
Moog acredita que cada vez mais os artistas têm apostado e seguirão com estratégias envolvendo ideias inovadoras para trazer um maior diferencial em suas apresentações. Seja através de show de luzes, projeções de vídeos e imagens em tela no palco, etc. Participando do processo do show de Matuê a profissional pode afirmar que essas tecnologias auxiliam na aproximação com o público e trazem experiências únicas à plateia.