A Inglaterra enfrentou a Dinamarca nesta sexta-feira (28), pela segunda rodada da Copa do Mundo Feminina de 2023. A partida válida pelo Grupo D aconteceu no Allianz Stadium, na Austrália, e marcou a disputa pelo primeiro lugar na classificação. Antes da partida, as dinamarquesas dividiam a posição com as Leoas, com a mesma pontuação e saldo de gols.
Na primeira rodada, contra o Haiti, as Lionesses sofreram para criar e finalizar. Com a necessidade de trazer efetividade para a equipe, Sarina Wiegman colocou em campo Lauren James, jogadora que não iniciou a partida anterior entre as onze titulares.
O jogo começou pegado, a seleção inglesa chegou à área das dinamarquesas com passes rápidos, aproximando suas jogadoras de ataque. Aos seis minutos, após uma bela jogada individual, Lauren James mandou um foguete de fora da área na bochecha da rede adversária. A jogadora do Chelsea mostrou o motivo de sua titularidade e Wiegman, mais uma vez, demonstrou sua capacidade de afetar o jogo com mudanças precisas.
Durante os primeiros 20 minutos, a supremacia da Inglaterra foi absoluta. No entanto, a partir dos 25, a seleção escandinava começou a reagir com contra-ataques velozes. A pressão alta das Leoas deixou espaços para a transição rápida da Dinamarca.
Ainda na primeira etapa, Keira Walsh sentiu fortes dores no joelho e precisou de atendimento médico. A jogadora teve que ser substituída no minuto 38 e saiu de campo aplaudida. Com a lesão de Walsh, Wiegman perde mais uma de suas principais peças por lesão. Beath Mead, Leah Williamson e Fran Kirby estão entre as principais atletas que também desfalcam a seleção.
O tempo de substituição de Walsh foi crucial para a Dinamarca dar início aos seus esforços e mudar a postura defensiva e reativa que assumiu nos primeiros minutos de jogo.
A seleção desfez a formação desesperada de 5-3-2, adotada inicialmente para lidar com a pressão das inglesas, com as jogadoras afundando a linha de marcação na área do gol, e investiram nas ofensivas. Mesmo com a tentativa de trazer a bola para área adversária no tempo que restava, a primeira etapa terminou sem nenhum sucesso das dinamarquesas.
O time de Lars Sondergaard demonstrou ter pouquíssima mobilidade e articulação no primeiro tempo, demorando muito para conseguir a posse de bola (6 segundos das inglesas a 30 segundos das dinamarquesas) e perdendo mais rápido do que conseguia, com passes muito longos e arriscados.
Com quase 30 minutos de jogo, o segundo tempo já se mostrava pouco movimentado. Com passes mais extensos e diminuindo investidas para a marcação do segundo gol, a seleção de Wiegman manteve a posse de bola (71% a 29%) e defensiva estratégica, mas não trouxe novidades para a partida.
A primeira finalização da segunda etapa foi da Dinamarca aos 52 minutos, pela meio-campista Kathrine Kühl, com uma bola acelerada. Em seguida, aos 56 minutos, a Inglaterra cobrou dois escanteios na área dinamarquesa, após a bola sair duas vezes pela linha de meta. Nenhuma das tentativas mudaram o placar.
Aos 70 minutos, a partida vislumbrou um pouco de animação, mas nada além disso. Alessia Russo tentou mais um gol para a Inglaterra, mas a bola saiu do campo. A meio-campista Josefine Hasbo foi substituída no time da Dinamarca, pela camisa 9 Amalie Vangsgaard, que aos 86 minutos entregou a melhor finalização da seleção, com um cabeceio na trave inglesa, após receber a bola da linha de fundo pela também atacante Nicoline Sorensen.
A partida terminou com quatro minutos de acréscimo e com a Dinamarca seguindo a estatística de nunca vencer duas partidas consecutivas em torneios mundiais. A mudança feita por Sondergaard não foi suficiente, apesar de esperançosa.
A seleção dinamarquesa teve evidente dificuldade de impor sua estratégia em um time mais forte e que se articulou para dominar a partida, como a Inglaterra. Enquanto a formação 4-3-3 e as poucas investidas, com maior tempo de estudo de jogo, funcionaram contra a China, esta mesma formação foi rapidamente abalada com a triangulação organizada e bolas rápidas das Leoas.
As dinamarquesas também penaram para concluir jogadas, fazendo apenas 2 finalizações no primeiro tempo e perdendo rapidamente a posse das bolas, mesmo com as adversárias diminuindo o ritmo na segunda etapa.
Já as inglesas, diferente do primeiro jogo, conseguiram encurtar a distância entre as jogadoras e dominaram a partida, com um esquema eficiente e rápido, que garantiu o primeiro lugar da seleção no grupo D.
Com a vitória, a Inglaterra fica com seis pontos e mais perto da classificação, que só não veio antecipada porque, horas depois, a China derrotou o Haiti por 1 a 0. Os próximos jogos estão marcados para o dia 1º de agosto, com Dinamarca versus Haiti e China versus Inglaterra.