Neste sábado (05), África do Sul enfrentou a Holanda no Allianz Stadium (Sydney Football Stadium), em Sydney, Austrália. Este jogo foi decisivo para garantir espaço nas quartas de final da Copa do Mundo. Apesar do jogo acirrado, Holanda conseguiu vencer as sul africanas por 2x0.
PRIMEIRO TEMPO
Era esperado a classificação da Holanda com certa tranquilidade, ainda mais que no primeiro escanteio da partida em uma jogada ensaiada das holandesas Jill Roord abriu o placar. Com um gol a frente a tática era ficar com a bola e rodar para encontrar espaços na defesa adversária.
As sul-africanas , por sua vez, mantinham uma forte marcação e apostavam no contra-ataque rápido. Mas, tudo pareceu ir por água abaixo quando Seoposenwe se lesionou e acabou saindo. A jogadora sempre foi de extrema importância no esquema da África do Sul, já que ajuda na ligação entre a defesa e o ataque.
As coisas só pioraram para a África do Sul. Mbane que fazia uma bela partida defensivamente, também se lesionou e precisou ser substituída, fazendo as Banyanas entrarem em apuros.
Mesmo com todas as dificuldades a tática sul-africana ainda funcionava, principalmente quando a bola caía no pé de Kgatlana, a jogadora fez do primeiro tempo um inferno para as holandesas e criou excelentes chances. A melhor delas foi um lance em que saiu de frente com a goleira holandesa, porém a bola caiu no seu pé ruim e ela consagrou a Domselaar que fez uma excelente defesa.
A Holanda se assustou com o grande primeiro tempo das Banyanas e deu muita sorte que a bola não entrou até o intervalo. Se ela quisesse sair com a classificação, mudanças seriam necessárias.
SEGUNDO TEMPO
No segundo tempo, ambas as seleções voltaram para o campo decididas a manterem a vaga na Copa. Aproveitando os espaços que as sul africanas abriam, Lieke Martens, camisa 11, conseguiu fazer o segundo gol para a Holanda. Porém, eventualmente o gol foi dado como impedido.
Para a África do Sul esse gol, mesmo impedido, foi uma ameaça enorme. Elas ainda apostavam na bola longa para Kgatlana, porém as holandesas se preveniram mais durante a segunda etapa. Ela se tornou uma jogadora perigosa para a Holanda durante o jogo inteiro.
No entanto, as holandesas investiram muito nas triangulações para manter a bola no pé e procurar uma chance de gol. E aos 68 minutos de jogo, Lineth Beerensteyn, camisa 7, achou a oportunidade e fez o segundo para o placar holandês, após um erro bizonho da goleira Swart. Ela seguiu constantemente na ofensiva e teve mais um gol, dado como impedido também.
Ao longo do segundo tempo, Linda Motlhalo, camisa 10, começou a acompanhar Kgatlana e se tornou um problema para a OranjeLeeuwinnen. A defesa holandesa falhou em alguns momentos e abriu várias chances de gols para as sul-africanas.
Daphne van Domselaar, camisa 1 e goleira dos Países Baixos, recebeu o prêmio de melhor jogadora da partida pela Fifa. Ela foi fundamental para segurar a garra de Kgatlana e a agilidade de Motlhalo.
Van Domseelar defendendo ataque de Kgatlana. Reprodução via Instagram, @oranjeleeuwinnen.
Por outro lado, Daniëlle Van de Donk, camisa 10, ídolo da Holanda não agradou muito nesse segundo tempo. Sua impaciência em campo a levou a cometer muitas faltas agressivas contra as sul africanas. Isso lhe rendeu seu segundo cartão amarelo, o primeiro foi na partida contra os EUA, logo estará fora do próximo jogo.
A África do Sul, estreante no mata-mata, deixou a Copa de cabeça erguida. Em campanha inédita, a seleção impressionou o público. As jogadoras foram aclamadas nas redes sociais e cotadas como um dos países mais esperados para a próxima Copa do Mundo.
Para a Holanda a competição segue mais disputada do que nunca. Andries Jonker, técnico holandês, não contava com a ausência de Van de Donk, então irá pensar na melhor solução para o time. O próximo confronto será contra a seleção espanhola, no dia 10/08 às 21 horas.