Croácia x Bélgica
O jogo entre Bélgica e Croácia foi decisivo para ambos os lados. A Bélgica precisando da vitória para classificar e a Croácia necessitando apenas do empate para garantir a vaga. A partida acabou em 0 a 0, garantindo o segundo lugar do grupo F para Croácia.
O jogo começou com uma pressão da Bélgica nos primeiros 10 minutos de partida e logo depois o ritmo esfriou, com uma leve diferença de posse de bola favorecendo a Croácia. Ainda no primeiro tempo a Croácia teve um pênalti marcado e anulado pelo VAR por impedimento do zagueiro Dejan Lovren.
O atacante Ivan Perisic tentou algumas jogadas individuais que não foram bem-sucedidas, ficando claro para os espectadores que a Croácia, apesar de ter um 9, sentiu falta de um centroavante de ofício, que realmente sirva para empurrar a bola para dentro do gol.
Conforme o tempo passava, a Bélgica ficava cada vez mais consciente da sua situação e buscava abrir o placar. O time belga também sofreu com a falta de um centroavante e para o segundo tempo o técnico Roberto Martinez tirou Dries Mertens e optou por Romelu Lukaku para pressionar a defesa croata.
Superada a pressão que Lukaku colocou nos primeiros minutos em campo, o time carregado por Luka Modric se mostrou superior e conseguiu chegar diversas vezes à frente, porém, sem conseguir chances claras. Em jogada perigosa de Yannick Carrasco, Lukaku aproveitou rebote do goleiro Dominic Livakovic, mas carimbou na trave.
Duas atuações que devem ser destacadas desse jogo, mas não de maneira positiva, são as de Lukaku e Livakovic. O atacante belga perdeu várias oportunidades fundamentais para a classificação da Bélgica, e o goleiro croata falhou diversas vezes, fazendo com que essas oportunidades aparecessem. Foi o famoso “jogo de compadre”, com Livakovic dando brechas e Lukaku não aproveitando essas chances.
O resultado foi uma eliminação melancólica da tão falada “geração belga”, que não conseguiu avançar de fase naquela que pode ser a última Copa do Mundo dessa geração estrelada.
Canadá x Marrocos
Nesta quinta-feira (1), Canadá e Marrocos se enfrentaram pela última rodada do grupo F no estádio Al-Thumama. Com um público de 43.102 pessoas, os africanos jogavam por no mínimo um empate enquanto os norte-americanos, já eliminados, buscavam os seus primeiros pontos na história da competição.
O treinador John Herdman trouxe uma nova escalação para a partida, mostrando o repertório tático da equipe canadense. Sam Adekugbe, Jonathan Osorio, Mark-Anthony Kaye e Junior Hoilett eram as novidades da vez nas vagas de Richie Laryea, Stephen Eustáquio, Atiba Hutchinson e Jonathan David respectivamente.
O time fazia uma saída de bola com três homens, os dois zagueiros mais um jogador, podendo ser Alistair Johnston, Kaye, Osorio ou até mesmo Adekugbe. No geral a equipe se comportou no 4-4-2, com Tajon Buchanan atuando no corredor esquerdo e Hoilett pelo direito, com Alphonso Davies e Cyle Larin mais adiante.
Do lado marroquino, o técnico Walid Regragui continuou com o vitorioso esquema 4-3-3 do último jogo, alternando para o 4-1-4-1 no momento defensivo. A única mudança foi a presença de Abdelhamid Sabiri nos onze iniciais no lugar de Selim Amallah.
Com a bola rolando, quem começou pressionando foi a equipe marroquina que com aproximadamente 3 minutos, forçou o recuo canadense, resultando num passe errado do goleiro Milan Borjan para Hakim Ziyech bater de primeira, encobrindo a defesa adversária e inaugurando o marcador.
O Canadá tentava ter o domínio da partida, principalmente pelas laterais, mas esbarrava na solidez defensiva de Marrocos. Por volta de 22 minutos, numa bela trama, Ziyech conseguiu atrair o marcador para linha do meio campo, abrindo espaço em suas costas para o lançamento de Achraf Hakimi achar Youssef En-Nesyri, que ganhou na velocidade e mandou a bola para o fundo das redes.
Os vermelhos até descontaram com um gol contra do zagueiro Aguerd após o cruzamento do lateral Adekugbe que contou com o desvio, enganando o goleiro Yassine Bounou. Lance à parte, a primeira etapa terminou com soberania africana.
No segundo tempo, os comandados por Regragui voltaram com uma postura mais cautelosa, dando terreno para os Canucks crescerem no jogo e controlar as ações. Apesar do volume, o time de Davies e companhia pouco produziu e sua melhor chance foi numa cobrança de escanteio em torno de 25 minutos, na qual o capitão Hutchinson, que completou 101 partidas ao entrar em campo, cabeceou no travessão de Bono.
Ao apito final, os Leões do Atlas garantiram a histórica classificação para as oitavas-de-final pela segunda vez em Copas do Mundo. Embora tenham atingido o feito de 1986, a campanha atual de Marrocos já é a melhor de sua história, com 2 vitórias e 1 empate, terminando a fase de grupos de forma invicta, além da primeira colocação.
Com pouco mais de 3 meses a beira dos gramados, Regragui conseguiu unir grupo, incluindo os afastados Ziyech e Noussair Mazraoui, e criar um forte e competitivo jogo coletivo, potencializando as principais individualidades da equipe.
Destaques especiais para Ziyech e Sofyan Amrabat. O meia do Chelsea que atua como extremo pela direita atingiu as expectativas sendo a referência técnica da seleção marroquina, já o volante da Fiorentina é peça fundamental nesse meio campo, tornando-se o pilar do sistema defensivo.
Apesar de chegar ao torneio da FIFA como coadjuvante, o Canadá termina sua trajetória no Catar com boas impressões, deixando seu cartão de visitas para 2026, onde sediará a próxima competição ao lado de Estados Unidos e México.
Situação do Grupo
Com a conclusão da terceira e última rodada do grupo F, Marrocos termina na primeira colocação com 7 pontos e a Croácia em segundo com 5 pontos, ambas classificadas para a próxima fase. A Bélgica ficou em terceiro com 4 pontos, e o Canadá não pontuou.
Na segunda-feira (05), às 12h, no Al Janoub, o Japão enfrenta a Croácia. Na terça-feira (06), também às 12h, é a vez de Marrocos enfrentar a seleção da Espanha, no estádio Education City.