Expresso Catar: Tunísia

A seleção luta pela classificação inédita para a segunda fase da Copa do Mundo
por
Otávio Preto
Gusthavo Sampaio
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26/10/2022 - 12h

Situada no norte do continente africano, a Tunísia faz fronteira com a Argélia e a Líbia. Tem uma população de aproximadamente 12 milhões de habitantes, onde cerca de um quarto desses moram na capital, a cidade de Túnis. A Tunísia conquistou sua independência recentemente, em 1956. Até então era uma colônia francesa, por isso, o francês é muito falado no país. Cerca de 40% do seu território é ocupado pelo grande deserto do Saara e é banhado pelo Mar Mediterrâneo.

O país possui uma cultura bem diversificada. Pela Tunísia já passaram os indígenas berberes, os fenícios, os romanos, – que introduziram o cristianismo –, os muçulmanos, – que trouxeram o Islã e a cultura árabe –, além da região ter pertencido ao Império Otomano antes da dominação da França, em 1881. Hoje, é a menor nação do norte da África e é conhecida pelas diversas praias paradisíacas.

Município litorâneo de Sidi Bou Said, na Tunísia. Imagem: Hannoun Travel.
Município litorâneo de Sidi Bou Said, na Tunísia. Imagem: Hannoun Travel.

 

Histórico em Copas

Por ter pertencido à França até 1956, a Tunísia debutou em competições internacionais somente em 1962, conquistando o terceiro lugar na Copa das Nações Africanas. A seleção possui apenas dois títulos: A Copa das Nações Árabes de 1963 e a Copa Africana de Nações de 2004. O mais recente com a presença de dois brasileiros naturalizados tunisianos no elenco: Clayton e Francileudo, segundo maior artilheiro da história da Tunísia, com 22 gols.

Possui cinco passagens em Copas do Mundo, sendo eliminada na primeira fase em todas elas. Apesar do terrível retrospecto, foi a primeira seleção africana a vencer um jogo de copa, ganhando do México por 3 a 1, em 1978. Nesse mesmo ano, teve seu melhor desempenho em copas com 1 vitória contra o México, 1 empate em 0 a 0 contra a Alemanha – que na época era Alemanha Ocidental – e 1 derrota por 1 a 0 contra a Polônia.

Na copa de 2018, caiu no grupo da Bélgica, Inglaterra e Panamá. Venceu apenas o Panamá, por 2 a 1, e perdeu da Bélgica por 5 a 2, e da Inglaterra por 2 a 1.

Antes da classificação para o Catar, a Tunísia foi surpreendida pelo Burkina Faso e foi eliminada da Copa Africana de Nações. O jogo terminou com a vitória de 1 a 0 do Burkina Faso.

A Copa de 2022 será a sexta participação da Tunísia, que se classificou após vencer o Mali em um jogo de duas mãos. No jogo de ida, venceu o Mali por 1 a 0, e segurou o empate em 0 a 0 no jogo de volta.

O maior artilheiro da Tunísia é Issam Jemaa, com 37 gols em 84 jogos, e apesar de seu posto, nunca disputou uma Copa do Mundo.

Issam Jemaa, maior artilheiro da Tunísia. Imagem: Sky Sports.
Issam Jemaa, maior artilheiro da Tunísia. Imagem: Sky Sports.

 

Prancheta do Jalel

Após a eliminação em janeiro na Copa Africana de Nações para o Burkina Faso, a Tunísia disputou 8 jogos, e em sete o técnico Jalel Kadri utilizou a formação 4-3-3. Antes de enfrentar a seleção brasileira no último amistoso pré-copa, único jogo em que fugiu do padrão e utilizou a formação 4-3-1-2, a Tunísia estava invicta e sem tomar gols. Ao enfrentar o Brasil, a marca foi por água abaixo, tomando 4 gols em menos de 40 minutos.  O placar final do amistoso foi de 5 a 1. Na campanha de invencibilidade, se destacam as vitórias contra Japão – por 3 a 0 – e contra o Chile – por 2 a 0.

Seleção masculina de futebol da Tunísia. Imagem: BBC/Getty Images.
Seleção masculina de futebol da Tunísia. Imagem: BBC/Getty Images.

 

Possuindo apenas duas vitórias em copas na sua história, será que a seleção poderá alcançar a terceira vitória e, na melhor das hipóteses, passar para a segunda fase da competição?