Protagonizando a sua décima participação em Copas do Mundo, a seleção dos Estados Unidos da América vem com as armas apontadas para a Ásia, o tio Sam diz: “I want you!” para a taça mais desejada do momento. Seria essa a grande zebra da edição?
Localizado na América do Norte, sendo considerado uma das grandes potências econômicas mundiais, o país tem cerca de 329,5 milhões de habitantes, e volta a dar as caras após oito anos longe de uma Copa do Mundo da FIFA.
Até o Catar
A seleção dos yankees garantiu a vaga na competição no dia 30 de março de 2022, mesmo com uma derrota por 2 a 0 para a Costa Rica na última rodada das eliminatórias da Concacaf. Os EUA se classificaram em 3º lugar, com os mesmos 25 pontos da Costa Rica, mas com um saldo de gols maior (11 a 5), ficando atrás apenas de Canadá (1°) e México (2°).
Em 2021, os EUA foram campeões da Copa Ouro Concacaf, principal torneio de seleções da américa central e do norte. O título veio em um jogo suado contra o México, com vitória por 1 a 0 na prorrogação, gol de Milles Robinson aos 118 minutos. Esse foi o 7º título norte-americano da competição.
Pouca tradição
O melhor desempenho dessa seleção em uma Copa do Mundo foi na edição de 1930, ano em que conquistou o 3º lugar geral. O baixo desempenho dos Estados Unidos em Copas se dá, principalmente, pela existência do seu modelo esportivo escolar; os atletas crescem em um meio onde o nível futebolístico está abaixo das categorias de base de muitos clubes brasileiros, por exemplo.
Em 2020, em entrevista ao CBS Sports, o técnico Gregg Berhalter, no comando da seleção dos Estados Unidos desde dezembro de 2018, se mostrou otimista para o crescimento da qualidade do futebol norte-americano. Mesmo com a Copa de 2022 a disputar, o técnico já planeja a edição de 2026, onde os Estados Unidos serão o país sede junto a Canadá e México.
“É muito bom o fato de sermos anfitriões em 2026...Acreditamos que podemos montar uma equipe que pode ter um ótimo desempenho e potencialmente surpreender o mundo em 2026", disse Berhalter na ocasião.
Na tática
O técnico Greg Berhalter costuma armar o time na tradicional formação 4-3-3, conseguindo obter uma defesa muito interessante e um contra-ataque poderoso.
Os meninos dos EUA
A seleção americana costuma não incomodar muito seus adversários. No entanto, esse ano, as jovens promessas do futebol estado-unidense Weston Mckennie e Yunus Musah, meio-campistas, que atuam respectivamente pela Juventus e pelo Valencia, vêm para tentar mudar a postura do grupo em campo.
Ainda no meio-campo, podemos citar o volante Tyler Adams, do Leeds United, e o meia Giovanni Reyna, do Borussia Dortmund.
O time também conta com jogadores mais experientes e que atuam em grandes ligas, como os goleiros Matt Turner, do Arsenal, e Zack Steffen, que pertence ao Manchester City, mas está emprestado ao Middlesbrough. Ainda na defesa, o time conta com o lateral-direito Sergiño Dest, que hoje atua pelo Milan.
No comando de ataque a grande estrela é Christian Pulisic, atualmente no Chelsea. A estrela tem 68 partidas disputadas com a camisa da seleção, 32 gols marcados e 11 assistências, se somadas as participações nas seleções de base. Considerando apenas as atuações na seleção principal, são 52 jogos, 21 gols e 9 assistências.
Com um projeto a longo prazo, mirando a próxima edição de Copa que será em casa, os norte-americanos vêm mais fortes e preparados do que nunca em 2022, vamos ver os yankees de fato surpreendendo no Catar ?