Apesar da baixa aprovação da crítica, a produção dos Estúdios Marvel “Eternos” (2021) arrecadou o prêmio de “Filme Marcante” na edição deste ano do GLAAD Media, apresentada neste sábado, 02/04. A premiação tem por objetivo reconhecer a importância da representatividade LGBTQIA+ em diferentes ramos da mídia.
O longa, dirigido por Chloé Zhao, foi o primeiro da categoria de super-heróis da Marvel a apresentar uma cena de beijo entre duas pessoas do mesmo gênero. Depois de mais de vinte lançamentos assinados pelo estúdio, o herói Phastos (Brian Tyree Henry) e seu marido, Ben (Haaz Sleiman), foram introduzidos como o primeiro casal gay assumido do Universo Cinematográfico da Marvel.
Em contrapartida, em março deste ano, a Disney esteve envolvida em uma polêmica sobre o mesmo tema. Após denúncias de funcionários da Pixar, publicadas em comunicado pela Variety, foi revelado que a companhia exigiu a edição de “quase todos os momentos de afeto abertamente gay”, apesar da manifestação contrária de equipes criativas.
No mesmo mês, o CEO da Disney, Bob Chapek, declarou seu posicionamento diante das doações direcionadas a políticos favoráveis a um projeto de cunho LGBTQIAfóbico que circula nos Estados Unidos. A lei HB 1557, apelidada “Don’t Say Gay”, foi recentemente aprovada no estado da Flórida e visa proibir o reconhecimento de pessoas LGBTQIA+ por escolas e professores, além de impor a exposição de alunos “abertamente” queer aos pais e responsáveis.
Chapek respondeu, em comunicado, que a companhia “trabalhava nos bastidores” para conseguir vetar a lei e que compreende que “a abordagem original, mesmo bem-intencionada, não cumpriu sua função”. Segundo a Deadline, o CEO ainda prometeu doar US$5 milhões à causa LGBTQIA+ e anunciou interesse em se reunir com o governador da Flórida, Ron DeSantis, para tratar melhor a questão.
No final de março, a conversação entre Chapek e DeSantis parece não ter avançado, ao que o governador deu uma declaração contrária às expectativas da companhia. “Este estado é governado pelos interesses da população da Flórida. Não é baseado nas demandas de corporações executivas da Califórnia. Eles não comandam este estado”.