Nesta quinta-feira (03), estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) expulsaram, aos gritos de “recua, fascista, recua”, a coordenadora nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Amanda Vetorazzo, Arthur Scara, coordenador do MBL de Osasco e um cameraman após os integrantes do movimento gravarem alunos sem autorização. Os três alegaram trabalhar na TV-PUC, veículo de imprensa da Universidade.
Integrantes do MUP (Movimento por uma Universidade Popular), da UJC (União da Juventude Comunista) e do Centro Acadêmico 22 de Agosto puxaram gritos contra os três integrantes do MBL, que foram expulsos para fora da entrada da universidade na Rua Monte Alegre, no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo. Em um vídeo gravado por estudantes, é possível ver parte da discussão.
A reportagem não conseguiu depoimento dos coordenadores do MBL, que saíram às pressas do local.

Pelo menos dois estudantes foram entrevistados, e, segundo relataram à reportagem, não foi pedida autorização do uso de imagem nem avisado previamente o assunto das perguntas. “Foi tudo muito rápido. Quando perguntei de onde eram, afirmaram que trabalhavam na TV-PUC”, disse um dos estudantes entrevistados pela reportagem, sob a condição do anonimato.
Este mesmo estudante conversou com os integrantes do MBL, os quais asseguraram que as gravações da entrevista não serão utilizadas ou publicadas. Na conversa, Scara teria dito que era “ex-PUC”, não funcionário da TV-PUC. Segundo o integrante do MBL, as pessoas teriam entendido errado.
Um outro entrevistado, em conversa com a Agência Mauricio Tragtenberg, afirmou que também não tinha visto a câmera e que os assuntos tratados durante a abordagem foram: legalização das drogas, porte de armas e legalização do aborto.

Tanto Arthur Scara quanto Amanda Vetorazzo publicaram em suas redes sociais sobre o ocorrido. Os dois afirmaram terem gravado tudo, além de contextualizado que foram expulsos por “um bando de esquerdistas”.