Resumo AGEMT Especial Eleições 2022 - Quinta, 27 de outubro
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Especial AGEMT Eleições: relação entre os congressistas eleitos neste ano e o próximo presidente;
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Datafolha: Bolsonaro oscila um ponto para baixo, pontuando 44% e Lula 49%;
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Governo de SP libera passe livre para ônibus, trens e Metrô no segundo turno das eleições
Neste mês o Resumo AGEMT completou 1 ano no ar, sempre com muita informação, análise e os fatos importantes do Brasil e do mundo para você. Em comemoração ao nosso primeiro ano, estreamos hoje uma série de entrevistas para pensar o futuro do Brasil ao final da nona eleição para a presidência depois da redemocratização. Para falar sobre os desafios na relação entre o próximo presidente da República e os deputados e senadores eleitos neste ano, convidamos Vitor Peixoto, cientista político e professor de ciência política na Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Que tipo de Congresso/Senado podemos esperar no próximo governo? Existem duas características marcantes do Congresso (Câmara dos Deputados e Senado) que saíram das urnas. Há uma menor fragmentação partidária advinda, sobretudo, da reforma eleitoral que proibiu as coligações eleitorais e um fortalecimento dos partidos que compõem o conhecido Centrão, efeito basicamente da força dos recursos das emendas de relator (chamado popularmente de orçamento secreto). Em resumo, emergiu um Congresso mais concentrado e mais conservador.
Em um eventual governo Lula, como você avalia que será a possível relação dele com o Centrão? Em caso de vitória do Lula, exigirá mais esforço do poder executivo em construir uma coalizão de governo estável. Não é impossível, mas será mais custoso do que seria para um possível segundo governo Bolsonaro. Em ambos os casos é inegável que o poder legislativo ganhou proeminencia nos últimos anos e será muito difícil a Presidência da República resgatar o poder de agenda que já teve com FHC e Lula, por exemplo. Na sua avaliação, quais pautas políticas devem ser tratadas com urgência pelo próximo presidente? Dependerá de qual governo seja eleito. Lula terá o desafio de reconstruir as relações institucionais democráticas que foram erodidas nos últimos anos. Será obrigado a reconstruir, por exemplo, as relações com o poder judiciário e com os entes federados (estados e municípios). Bolsonaro, caso reeleito, terá um poder muito concentrado dado dois fatores: o Congresso mais coadunado ideologicamente e uma espécie de "autorização" das urnas para investir contra o STF (seja provocando impeachment de ministros seja aumentando o número de cadeiras na Suprema Corte). O fato é que o país esta absolutamente dividido e não há solução simples para a superação dessa rachadura social independentemente de quem seja eleito. A extrema direita é uma realidade e o conflito permanente faz parte da sua forma de agir e se retroalimentar. Isso impede qualquer possibilidade de emergência de um projeto de reconstrução nacional minimamente consensual. |
Pesquisa Datafolha para presidente
Nesta quinta-feira (27) foi divulgado o resultado da pesquisa eleitoral realizada pelo Datafolha, no qual o ex-presidente Lula (PT) tem 49% das intenções de votos, mantendo a mesma pontuação da última pesquisa, que foi divulgada no dia 19 de outubro. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) pontuou 44%, oscilando um ponto para baixo e aumentando para cinco pontos percentuais a diferença entre ele e o petista.
Os indecisos são 2%, e brancos e nulos somam 5%. Quando feita a contagem dos votos válidos, o petista tem 53% e Bolsonaro 47%. Nesta modalidade, são excluídos os nulos e brancos na urna eletrônica, e os indecisos na pesquisa, mesmo procedimento usado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistadores não apresentam previamente o nome dos candidatos, Lula pontuou 47% e Bolsonaro, 42%. Os indecisos são 5%, e brancos e nulos somam 4%.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
As entrevistas foram feitas nos dias 25 e 27 de outubro e contaram com 4.580 entrevistados, em 252 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-04208/2022.
Passe livre
Nesta quinta-feira (27) foi divulgado pelo Governo de São Paulo que não serão cobradas passagens no Metrô, CPTM, EMTU e ônibus intermunicipais de todo o estado neste domingo (30), data marcada para o segundo turno das eleições.
A gratuidade foi definida após o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) aprovar medida liminar à ação popular proposta pela deputada estadual Professora Bebel (PT). De acordo com o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), a decisão do governador Rodrigo Garcia foi tomada após análise dos impactos financeiros da medida para o Estado.
“Domingo é o dia da democracia, por isso é justo que todos tenham acesso ao transporte público e possam votar com igualdade de condições. Portanto, catraca livre”, informou.