Empresários e advogados lideram os perfis dos candidatos nas eleições 2022

Com mais de 28 mil candidatos, os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que 1 em cada 5 é empresário ou advogado. Na décima terceira posição estão os jornalistas com aumento de 30% em relação a 2018.
por
Eshlyn Cañete
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23/08/2022 - 12h

Desde 1998, o TSE coleta as ocupações dos candidatos. Esta é a primeira vez que os policiais militares aparecem como a sexta profissão mais presente. Houve um aumento significativo de 27% nas candidaturas de profissionais da segurança pública, em relação a 2018. Totalizaram 1.866, sendo 94,9% em partidos de centro-direita ou direita. Já os jornalistas foram de 345 para 449 nessa última pesquisa.  O top 10 ficou com Empresário, Advogado, Vereador, Deputado, Administrador, Policial Militar, Comerciante, Aposentado, Servidor Púbico Estadual e, em décimo lugar, médico.


A categoria empresários em primeiro lugar não é nenhuma novidade, a primeira colocada há 4 eleições. O ranking de 2022, contou com mais de 28 mil candidatos e 3.644 deles são desta profissão. De acordo com o cientista político Victor Peixoto, a mudança na nomenclatura explica parte do crescimento, uma vez que comerciantes hoje são denominados empresários, pela criação do cadastro MEI (microempreendedores individuais).


Segundo o analista político da CNN Brasil, Gustavo Uribe, está no senso comum que um empresário gera empregos e faz a economia avançar. Já no caso dos advogados, em segundo lugar com 2.059 candidaturas, há a percepção de que possuem maior conhecimento sobre o código penal e a constituição federal, estando mais aptos a proposta de novas leis no congresso nacional.


O crescimento dos policiais militarem aconteceu pelo destaque maior que foi dado no governo do atual presidente Jair Bolsonaro. Com um discurso de combate à violência e aumento das penalidades, o PL foi o partido que mais lançou candidatos ao Congresso Nacional. As candidaturas de militares e policiais são maiores na região amazônica (11,3%). ‘’São lugares mais distantes, onde o acesso é menor e os militares têm um poder logístico no transporte, logo, são figuras que acabam tendo maior representação na sociedade e tem maior influência por estarem representando o poder público em um lugar que tem ausência. Consequentemente, ganham popularidade’’ diz o analista político Uribe.