Espanha e Holanda se enfrentaram na quinta-feira (10) pelas quartas de finais da Copa do Mundo. O jogo ocorreu no Estádio Regional de Wellington (Sky Stadium), na Nova Zelândia. A disputa foi intensa do começo ao fim, e rendeu mais de 30 minutos de prorrogação. No final, a Espanha levou a melhor e venceu a Holanda no placar de 2 a 1.
PRIMEIRO TEMPO
Ao apitar o início do jogo, a seleção espanhola não perdeu tempo e já foi com garra para cima da Holanda. A linha de defesa das holandesas começou desorganizada, com dificuldade na marcação.
Aos 17 minutos, surgiu um possível pênalti para a seleção espanhola. As jogadoras alegaram que Stefanie van der Gragt, camisa 3, havia defendido o rebote com a mão. Mas eventualmente nenhuma penalidade foi aplicada, já que a jogadora só tinha se desequilibrado em um jogo de corpo.
Seguindo o jogo, a zona de defesa da OranjeLeeuwinnen estava totalmente em apuros com as investidas espanholas. E mais uma vez, a esperança dos Países Baixos foi mantida por Daphne van Domseelar, camisa 1 e goleira, destaque do time.
Segundo as estatísticas, enquanto a Holanda tinha uma média de 28 segundos de recuperação de bola, a Espanha tinha em 10 segundos. As únicas jogadas ofensivas das holandesas eram trabalhadas por Lineth Beerensteyn, camisa 7, quando a bola chegava no seu pé. Porém, nenhuma delas rendeu um gol.
Por outro lado, aos 37 minutos, Esther González, camisa 9, conseguiu passar a barreira de van Domseelar e fazer um gol de rebote. No entanto, foi marcado o impedimento. O jogo começou a ficar cada vez mais perigoso para a seleção holandesa.
Nesta primeira etapa, González foi um dos nomes da Espanha. Ela foi um destaque para sua equipe e uma grande ameaça para a adversária. Daphne van Domseelar segurou bem o enorme talento da craque espanhola em achar chance de gol. O primeiro tempo acabou sem pontos para ambas seleções.
SEGUNDO TEMPO
No segundo turno da partida, a seleção Holandesa voltou mais focada e deixou o jogo equilibrado, diminuindo as chances para a Espanha. Aos 18 minutos, Beerensteyn recebeu lançamento, invadiu a área e foi derrubada por Paredes. A árbitra Frappart marcou penal e deu amarelo para a espanhola, mas anulou suas decisões após consultar o VAR.
Após momento parelho entre as duas equipes, em um lance repentino faltando 10 minutos para o fim da partida, a zagueira Van der Gragt acabou impedindo um cruzamento com a mão dentro da área. A árbitra consultou o VAR e, sem muita discussão, deu o pênalti, que foi convertido por Mariona Caldentey, abrindo o 1 a 0.
A partida parecia se encaminhar para o apagar das luzes, mas aos 47 minutos a seleção holandesa conseguiu uma enfiada de bola na desatenção das espanholas, e a zagueira Van der Gragt passa de vilã para heroína, surgindo como elemento surpresa, e acerta um petardo no canto esquerdo do gol, deixando o placar em 1 a 1 e encaminhando a partida para a prorrogação.
No tempo extra, parecia que o jogo havia tomado um novo rumo e as holandesas se demonstraram superiores. Beerensteyn, a camisa 7, vinha fazendo uma excelente partida e teve duas chances na cara do gol para virar o jogo e desperdiçou. Como a regra é clara, a lei do quem não faz toma entrou em ação e a joia espanhola Paralluelo, com uma linda jogada pela ponta, juntou suas habilidades com a bola e a velocidade do atletismo de seu passado recente e cortou a defesa holandesa, chutando no canto direito da goleira Daphne van Domseelar. Paralluelo fez a Espanha atravessar a linha de chegada das semifinais pela primeira vez em sua história.
E AGORA?
As espanholas voltam a campo na terça-feira (15) contra a Suécia, em busca de uma vaga para a final. O jogo ocorre às 5:00h horário de brasília.
Quanto às holandesas, atuais vice-campeãs, não foram além do esperado, já que fazem parte de uma seleção forte e comum na competição. A ausência de Daniëlle Van de Donk, camisa 10, fez muita diferença nesse jogo. A estreia de Andries Jonker na Copa foi satisfatória, e os fãs já imaginam como será para a OranjeLeeuwinnen futuramente com o novo técnico.