Por volta das 14h (horário de Brasília) do dia 7 de novembro, foi anunciado que o estado da Pensilvânia garantiu a vitória de Joseph Robinette "Joe" Biden Jr., adversário do atual presidente dos EUA, Donald Trump. Antes do resultado, já se especulava a repercussão econômica de sua eleição. Dois dias depois, o G1 informava: “Dólar cai para a faixa de R$ 5,35 após vitória de Biden e esperanças sobre vacina”.
Em seu ponto mais alto, no dia 13 de maio, o dólar comercial foi cotado a R$ 5,90 e o turismo, a R$ 6,14. Agora, entre os investidores, há uma ideia de que o governo Biden vai colaborar para um dólar mais fraco globalmente, e sua vitória representa uma incerteza a menos no radar, o que estimula a busca por produtos de maior retorno, como ações.
Existem alguns motivos listados por especialistas para explicar que esse resultado favorece a bolsa de valores.
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Pacote de estímulos:
Democratas e republicanos devem finalmente chegar a um acordo para aprovar o pacote de estímulos contra a crise.
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Comércio global:
Biden deve retomar a agenda de acordos comerciais, com uma visão menos agressiva.
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Equilíbrio de forças:
O equilíbrio entre os dois partidos pode ter uma ação direta na diminuição ou paralisia dos impostos.
Ainda sim, o dólar pode seguir caro no Brasil, pois o cenário econômico continua marcado por dúvidas. A maior delas é o ritmo de crescimento da dívida pública, seguido de perto com a possível crise nas relações exteriores que as atitudes do presidente Jair Bolsonaro podem desencadear. Bolsonaro ainda não reconheceu a vitória de Biden, ecoando as acusações de fraude feitas por seu aliado Donald Trump.
Antes, no período eleitoral, Bolsonaro já havia declarado apoio à reeleição do atual presidente, o que já poderia ser um erro, como afirmou o colunista do UOL Kennedy Alencar:
“Bolsonaro e Araújo submetem os interesses nacionais do Brasil a uma mentira sustentada pelo presidente Donald Trump, a narrativa de que a eleição foi roubada. Com sua atitude irresponsável, Bolsonaro perdeu uma chance de reduzir o prejuízo dos erros que cometeu na eleição americana, na qual tomou abertamente partido de Trump".