No último sábado, (17), o Crystal Palace escreveu um capítulo inesquecível em sua história ao conquistar a Copa da Inglaterra pela primeira vez, derrotando o poderoso Manchester City por 1 a 0 em uma final eletrizante disputada no icônico estádio de Wembley.
Com uma atuação defensiva impecável e um goleiro inspirado, os Eagles, comandados pelo técnico Oliver Glasner, ergueram o troféu mais importante dos 120 anos do clube, que até então tinha como maiores conquistas os títulos da segunda divisão inglesa nas temporadas 1978/79 e 1993/94.
O jogo começou com o Manchester City, favorito absoluto, impondo seu estilo de posse de bola e pressão ofensiva. Nos primeiros minutos, os Citizens criaram chances claras. Erling Haaland, após receber um cruzamento preciso, finalizou no contrapé, mas o goleiro Dean Henderson, ex-Manchester United, fez uma defesa espetacular.
Logo depois, Josko Gvardiol subiu mais alto em um escanteio e cabeceou com perigo, mas Henderson, novamente, mostrou reflexos impressionantes para evitar o gol.
Contra o roteiro esperado, o Crystal Palace, que apostava em uma defesa sólida e saídas rápidas, abriu o placar aos 16 minutos. Em um contra-ataque fulminante, Jean-Philippe Mateta encontrou Daniel Muñoz na ponta direita. O colombiano avançou em velocidade e cruzou rasteiro para Eberechi Eze, que, bem posicionado, antecipou o zagueiro Akanji e finalizou no canto direito do goleiro Stefan Ortega, incendiando a torcida dos Eagles.

O gol abalou o Manchester City, mas os Citizens reagiram. Aos 32 minutos, Bernardo Silva sofreu um pênalti após um carrinho de Tyrick Mitchell. O egípcio Marmoush, escalado para a cobrança, bateu com força no canto direito, mas Henderson, em mais um momento de brilho, adivinhou o lado e defendeu a penalidade, mantendo o Palace à frente.
Ainda no primeiro tempo, o City criou outra grande chance com Jeremy Doku, que driblou pela esquerda, invadiu a área e chutou rasteiro com a perna direita. Henderson, porém, estava intransponível e fez outra defesa crucial..
No segundo tempo, o cenário permaneceu inalterado: o Manchester City dominava a posse e pressionava, enquanto o Crystal Palace se defendia com organização e explorava contra-ataques.
Aos 12 minutos, os Eagles quase ampliaram. Após uma jogada confusa na área, Muñoz aproveitou uma sobra, finalizou, a bola desviou em Ismaila Sarr e, após Ortega não segurar, o colombiano completou para o gol. A comemoração, porém, foi interrompida pelo VAR, que flagrou um impedimento de Sarr na construção da jogada, anulando o lance.
O susto acordou o City, que voltou a pressionar. Em uma jogada brilhante, Kevin De Bruyne lançou Claudio Echeverri na área com um passe milimétrico. O jovem argentino chutou a queima-roupa, mas Henderson, mais uma vez, apareceu para salvar o Palace com uma defesa monumental.
Nos minutos finais, o Manchester City tentou de tudo, mas esbarrou na muralha defensiva do Crystal Palace e na noite inspirada de Henderson, que terminou a partida com cinco defesas decisivas.
O apito final desencadeou uma festa histórica em Wembley, com os torcedores do Palace celebrando o primeiro grande título do clube. A campanha invicta dos Eagles na FA Cup, com apenas um gol sofrido em seis jogos, foi marcada por classificações contra o Stockport County, Doncaster Rovers, Millwall, Fulham e Aston Villa antes da final.