Crise sanitária provoca fim de romances

Marcela Virgílio disse que conviver mais com o ex-namorado durante o surto da COVID-19 desgastou a relação, resultando no término da relação
por
Cecília Mayrink O'Kuinghttons
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06/05/2021 - 12h

Marcela Virgílio, 19, e seu ex-namorado terminaram a relação de dois anos em abril de 2021. Para ela, o desgaste do namoro se deveu principalmente à pandemia. O ex-casal estava acostumado a passar certo tempo separados, já que até meados de 2020, ela vivia em São Paulo e ele em Ubatuba. Virgílio conta que percebeu a degradação da relação quando ele passou três meses em sua casa, o que causou brigas: “Era para ele ficar em SP por só uma semana, até que a estrada fechou, e ele acabou ficando comigo. Começamos a brigar muito por coisas pequenas”. O convívio contínuo resultou em situações desconfortáveis, ressaltou a jovem: “Ficamos sem nos falar durante alguns dias, e sem sair de casa. Foi aí que senti que realmente estava conhecendo-o”.

Segundo Virgílio, a relação só se manteve por dois anos porque nunca ficou tanto tempo junto ao ex: “Quando ele voltou para praia, a situação esfriou. Depois eu me mudei para Ubatuba e voltamos a nos ver com frequência”. A jovem conta que quanto mais se viam, mais brigavam, e que depois de certo tempo, não sentia que havia mais amor: “A nossa relação não parecia a de um casal e eu não estava feliz. Terminar foi difícil, mas me fez bem”.

John O’Kuinghttons, 54, casado com Mônica Mayrink, 53, relatou, por sua vez, que a relação entre eles não foi afetada pela pandemia. Casados há 26 anos, ele disse que, mesmo depois de tanto tempo juntos, o afeto e amor mútuo não mudou: "Sempre chegamos a um acordo quando temos algum desentendimento”. O’Kuinghttons acrescenta que o convívio direto durante a pandemia não tem sido um problema, pois antes disso já passavam muito tempo juntos: “Por conta do nosso trabalho, temos que realizar várias atividades em casa. Além de dar aulas, sou também tradutor e escritor, então trabalho fundamentalmente no meu domicílio. Com Mônica costumamos trabalhar juntos, então a pandemia não nos afetou nesse sentido”.

John O'Kuinghttons e Mônica Mayrink

Para O’Kuinghttons, estar com Mayrink durante esse período foi fundamental, por serem um casal de muito diálogo: “Nós sempre conversamos, principalmente em relação a nossa família e aos nossos países (Brasil e Chile). Estar com ela foi um refúgio neste tempo. Passamos por momentos muito dolorosos, como a perda do meu sogro, então posso dizer que a nossa união foi fortalecida”.

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